Biblioteca Crítica Social. Você já deve ter visto em nosso site – ou em nossas redes sociais – o anúncio de alguns ensaios especiais sobre seletos intelectuais conservadores, não muito conhecidos no Brasil, infelizmente.
Ou melhor, não eram tão conhecidos! Isso mudou justamente devido à Biblioteca Crítica Social, criação da É Realizações, que tem como intuito tornar esses nomes lidos nos Brasil, nomes importantes do pensamento conservador do século XX.
Antes da Biblioteca Crítica Social, você conhecia melhor a vida e a obra de Russell Kirk, Theodore Dalrymple, Thomas Sowell, Gertrude Himmelfarb e Leo Strauss?
Esses nomes não são comumente citados na mídia ou mesmo publicado pelo próprio mercado editorial. Quem escreve cada livro ensaio é um comentarista competente em conhecimento e na habilidade da explanação, mesclando assim trechos biográficos, explicações de conceitos e contextualizações.
Isso porque outro objetivo da É Realizações é que você fique muito bem ambientado, seja bem recebido para assim então aprofundar o conhecimento.
Com coordenação do filósofo Luiz Felipe Pondé, a Biblioteca Crítica Social, hoje, tem cinco títulos publicados – e outros tantos estão sendo preparados! Cada um dos ensaios apresenta um breve perfil biográfico do autor analisado, um panorama do conjunto da sua obra, além de um estudo detalhado de um de seus livros em particular.
Os livros da Biblioteca Crítica Social funcionam também como excelentes guias de leitura, para além dos títulos mencionados no corpo do texto principal.
É que, ao final de cada volume, há uma série de sugestões de outros livros para você continuar no aprofundamento dos temas ou da vida do próprio autor.
Agora vamos apresentar um pouquinho cada livro ensaio!
Russell Kirk – O peregrino na terra desolada
Escrito por Alex Catharino, este livro-ensaio apresenta Russell Kirk com tremenda elegância e envolvimento. Conhecemos a faceta lúdica de Russell Kirk, homem de letras, apaixonado por literatura.
E foi exatamente o que Kirk fez em suas obras, que Catharino explica: ele integrou as disciplinas humanísticas Literatura, História, Filosofia e Teologia.
“A personalidade de Russell Kirk caracterizava-se pela timidez, humildade, sinceridade e gentileza, particularidades que, no entanto, não o impediram de ser um firme e enérgico defensor das verdades apreendidas pelos estudos e pelas experiências pessoais”, escreve Alex Catharino.
Nas palavras de Pondé, que consta no prefácio: “O mundo visto pelos olhos de Kirk, em diálogo com Eliot, apresentado de modo consistente por Catharino, que tem à sua disposição não só as fontes originais de Kirk, sua fortuna crítica e as cartas trocadas entre Kirk e Eliot, mas também os frutos de sua longa estada em Mecosta, no The Russell Kirk Center for Cultural Renewal, é uma confissão de amor a este mundo.”
Leia também, publicados na FAUSTO, a resenha: Russell Kirk – aquele do bem e do belo
E ainda a entrevista: Alex Catharino: “Russell Kirk traz um arejamento que evita o mal da ideologia”
Theodore Dalrymple – A ruína mental dos novos bárbaros
Escrito por Maurício G. Righi, este é outro ensaio magnífico! Dalrymple é um dos autores da É Realizações mais apreciados, e neste trabalho de Righi, sua obra é esmiuçada e explicada para o público geral de maneira muito instigante.
Como define Pondé: “é uma pérola como introdução a este essencial anatomista moral britânico contemporâneo.”
Maurício G. Righi escreve sobre a formação de um crítico social e literário, nascido da prática médica nas enfermarias psiquiátricas inglesas, sob o pseudônimo de Theodore Dalrymple.
“Creio que, em boa medida, Dalrymple tenha herdado a missão de Eliot a sair em defesa da cultura ocidental contra a deterioração interna. Não obstante, Dalrymple não se comporta como um saudosista, e a defesa que ele faz da cultura independe de um império construído, tampouco se conecta diretamente às façanhas tecnológicas e científicas do Ocidente, ainda que seja uma cultura geradora de civilização.”, escreve Righi.
Leia também, publicados na FAUSTO, a resenha: Theodore Dalrymple – Aquele que relembra Jekyll e Hyde
A entrevista: Maurício Righi: “Dalrymple critica a modernidade nos termos da própria modernidade”
E ainda a entrevista exclusiva: Theodore Dalrymple: “Se eu não tivesse escrito sobre esses assuntos, teria enlouquecido”
Thomas Sowell – Da obrigação moral de ser cético
Chegou a vez de Fernando Amed apresentar Thomas Sowell em um ensaio breve, compartimentalizado e contundente.
Pondé descreve o ensaio desta forma: “tem inúmeras virtudes, mas, entre elas, diria que uma das mais importantes é nos dar a conhecer Sowell como um intelectual preocupado em mostrar duas das visões filosóficas que formam, em grande parte, o debate moral e político no Ocidente.”
Para você conhecer um pouco de Sowell, veja o que escreve Amed: “A escrita de Sowell é por demais clara e autoexplicativa. O autor parece ter em mente, quando escreve, o mais difícil de seus alunos e aquele que mais obstáculos apresenta para a compreensão. E isso, não por conta de dificuldades de raciocínio, mas pelo fato de supor que grande parte de seus ouvintes opta por permanecer na crença de opiniões não justificadas empiricamente: a abstração nas humanidades é uma preocupação reincidente nesse autor.”
Leia também, publicados na FAUSTO, a resenha: Thomas Sowell – Aquele que não é vítima
E a entrevista: Fernando Amed: “As reflexões de Thomas Sowell abririam grandes perspectivas no Brasil”
Gertrude Himmelfarb – Modernidade, Iluminismo e as virtudes sociais
Esta personalidade tão marcante do pensamento conservador não poderia ficar de fora desta série de ensaios de pensadores conservadores.
Quem apresenta a americana, heroína dos conservadores, é José Luiz Bueno: “O conjunto da obra de Himmelfarb revela uma pensadora dedicada à reabilitação da noção da virtude como elemento fundamental para pensar a vida contemporânea em sociedade. Essa sua abordagem foi responsável por torná-la mundialmente conhecida como grande historiadora da Inglaterra vitoriana.”
A opinião de Pondé sobre este livro ensaio sobre Gertrude Himmelfarb é: “Precisamos de menos teoria e mais empiria nas ciências humanas praticadas no Brasil, e o livro de Bueno sobre Himmelfarb é um convite a essa virada epistemológica.”
Acredite, é um livro que você vai adorar!
Leo Strauss – Uma introdução à sua filosofia política
Por fim, Talyta Carvalho apresenta Leo Strauss, considerado um dos intelectuais mais influentes do século XX. Em suas próprias palavras: “Leo Strauss haveria de ficar conhecido como crítico da Modernidade em virtude de suas críticas à filosofia política moderna; um exercício intelectual que lhe causaria a pecha de conservador.”
Para este livro, Talyta Carvalho mergulhou no livro Reflexões sobre Maquiavel e escolheu a hipótese straussiana que afirma que a filosofia política moderna não é deontológica, isto é, a partir de Maquiavel a filosofia passa a focar como os homens vivem, e não sobre como deveriam viver, explorando a razão das coisas.
Joaquim Nabuco – Um abolicionista liberal do Brasil
São 400 páginas de um trabalho histórico, sociológico e político primoroso! A escrita típica de Andrei Venturini Martins é leve, agradável, mas não abre mão da profundidade. Título indispensável para interessados no tema abolicionismo no Brasil, e para apreciadores do gênero biografia.
Pondé também escreve o prefácio: “Como todo grande intelectual apaixonado pela teoria e ação, Nabuco “pensava com o coração”, como se diz na tradução judaica. E aqui reside, para além de toda a riqueza histórica e política que compõe o rico painel pintado pelo autor, o ethos específico desse trabalho de investigação biográfica.”
Complete sua coleção!
Você precisa de mais algum motivo para conhecer a Biblioteca Crítica Social? Não perca tempo! Temos certeza de que você irá adorar cada um dos ensaios dessa coleção.
É isso! Somos a É Realizações. Trabalhamos para ampliar o horizonte de suas ideias sobre você e o mundo.