Arte e Imaginação – Um estudo em filosofia da mente é mais um excelente livro de Roger Scruton, que desta vez trata da origem da significação que damos às coisas. O intuito do filósofo inglês é “fornecer uma exposição sistemática da experiência estética em termos de uma filosofia empirista da mente.”
Um exemplo prático disso que trata Scruton é: o que justifica a opinião daquele que diz que determinado poema é comovente? Ou, diante de uma obra de arte, com que base é possível dizer que o que se vê é sublime?
A investigação filosófica de Scruton toma por base diversos autores, mas principalmente Ludwig Wittgenstein e Immanuel Kant.
Arte e Imaginação é ideal para interessados em arquitetura, arte, beleza, estética, filosofia, literatura, música e poesia. E um dos motivos mais interessantes é que os capítulos podem ser lidos de acordo com o interesse do leitor.
Por exemplo, os interessados apenas em filosofia da mente podem começar a leitura pela Parte II do livro. Já quem prefere filosofia da arte pode ler o livro de trás para a frente.
Arte e Imaginação – Um estudo em filosofia da mente é, portanto, um esboço de uma teoria do julgamento e da apreciação estética das coisas, principalmente as de cunho artístico.
Alguns dos assuntos abordados são:
- Atitude estética em contraste com atitude científica,
- Atitude estética em contraste com atitude prática,
- Intuição em contraste com concepção,
- Empirismo,
- Filosofia analítica,
- Filosofia da arte,
- Identidade da arte,
- Sentimentos,
- Imaginação,
- Expressão,
- Simbolismo,
- Objetividade,
- Valores,
- A individualidade, a percepção e a descrição do objeto estético.
Uma curiosidade: uma versão deste livro foi a tese de doutorado de Roger Scruton na Universidade de Cambridge, sob orientação da filósofa Gertrude Elizabeth Margaret Anscombe, que por sua vez foi discípula de Ludwig Wittgenstein.
Considerado um dos mais importantes filósofos da atualidade, Roger Scruton escreveu sobre diversos temas – em romances, óperas, tratados, ensaios – e alguns de seus títulos são referências no assunto, como Beleza. Sua escrita esbanja elegância, sofisticação nos argumentos e referências sem-fim, dado seu repertório multíplice.
Scruton foi membro da Royal Society of Literature e condecorado com a medalha da Ordem do Império Britânico. O sir Roger Scruton foi também por mais de vinte anos professor na Universidade de Londres e passou pela Universidade de Buckingham.
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