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Livro Beleza: excelentes razões para ler a obra de Roger Scruton

"Falar da beleza é adentrar um âmbito mais elevado", escreve o filósofo britânico.

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Quem não gosta de falar sobre coisas belas, que enchem os olhos e inebriam? Por isso você tem excelentes razões para ler o livro Beleza, de Roger Scruton e vamos apresentar uma a uma!

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Beleza, de Roger Scruton.

Do que se trata o livro Beleza?

Como escreve logo no início da obra: “Falar da beleza é adentrar um âmbito mais elevado, que se encontra suficientemente afastado de nossas preocupações cotidianas para só ser mencionado com certa hesitação.”

Tal argumento é interessante e refere-se — dito de forma simples — à banalidade, que não combina nada com a beleza. O autor continua:

“Aqueles que estão sempre louvando e buscando a beleza causam constrangimento, a exemplo do que se dá com aqueles que estão a todo momento exibindo sua crença religiosa. De certa forma, acreditamos que essas coisas devem ser reservadas para momentos elevados, e não manifestadas quando se está acompanhado ou durante o jantar.”

O livro Beleza é, portanto, uma reflexão primorosa do filósofo britânico Roger Scruton, traduzido por Hugo Langone e publicado com exclusividade pela É Realizações.

Na obra, um dos mais importantes filósofos conservadores contemporâneos debruça-se sobre esse conceito difícil de definir, porém, claro quando nos arrebata.

O autor defende que a beleza é um valor real e universal ancorado em nossa natureza racional, assim como defende que o senso de belo desempenha papel indispensável na formação do nosso mundo.

Vale ressaltar que a abordagem de Roger Scruton no livro Beleza é apenas filosófica — como se, tratando-se de Scruton, uma abordagem filosófica fosse apenas filosófica, dada a sua envergadura cultural.

Quais são os temas abordados no livro Beleza?

Na publicação que possui 232 páginas, Roger Scruton tece suas reflexões dividindo-as nos seguintes capítulos:

  • Julgando a beleza
  • A beleza humana
  • A beleza natural
  • A beleza cotidiana
  • A beleza artística
  • Gosto e ordem
  • Arte e Eros
  • A fuga da beleza

Entre os temas espalhados pelos capítulos estão:

  • O verdadeiro, o bom e o belo
  • Os paradoxos da beleza
  • A beleza como meio e como finalidade
  • A beleza e os sentidos
  • O prazer que a beleza proporciona
  • Beleza e desejo
  • Eros e amor platônico
  • Contemplação e desejo
  • A beleza do corpo
  • A beleza da alma
  • A beleza e o sagrado
  • Estética e ideologia

Os chavões da Beleza

Roger Scruton acredita que para conseguir definir o conceito de beleza são necessários alguns “chavões”, que servem como parâmetros.  Seriam eles:

  • A beleza nos agrada
  • Uma coisa pode ser mais bela do que outra
  • A beleza é sempre um motivo para nos ocuparmos daquilo que a possui
  • A beleza é objeto de um juízo: o juízo do gosto

Confira frases e trechos do livro Beleza

Logo no prefácio da obra, Roger Scruton escreve:

“A beleza pode ser reconfortante, perturbadora, sagrada e profana; pode revigorar, encantar, inspirar, atemorizar. Ela pode nos influenciar de inúmeras formas. Não obstante, jamais é vista com indiferença: exige nossa atenção; fala-nos diretamente, como a voz de um amigo íntimo. Se há alguém indiferente à beleza, sem dúvida, é porque não a percebe.”

Diferentemente da Bondade e da Verdade — como parte dos transcendentais de Platão —, a beleza é algo difícil de julgar. E Scruton vai direto ao ponto:

“Julgar a beleza, porém, é algo que diz respeito ao gosto, e o gosto talvez não tenha nenhum fundamento racional.”

Confira outros trechos!

“[…] a beleza é um valor supremo que buscamos por si só, sem ser necessário fornecermos qualquer motivo ulterior.”

“De Kierkegaard a Wilde, o estilo de vida estético, no qual a beleza é almejada como valor supremo, tem sido contraposto à vida virtuosa. O amor aos mitos, às histórias e aos rituais, a necessidade de consolo e harmonia, uma profunda ânsia pela ordem — tudo isso atrai pessoas a crenças religiosas, independentemente de essas serem verdadeiras ou não.”

“Como poderiam existir belezas perigosas, belezas corruptoras e belezas imorais?”

A beleza e os sentidos

“Há uma antiga opinião segundo a qual a beleza é o objeto de um deleite sensorial, e não intelectual, sendo sempre necessário, portanto, que os sentidos participem de sua apreciação. Desse modo, quando a arte tomou ciência de si no início do século XVIII, atribuiu a si mesma o nome de ‘estética’, advindo do grego aisthesis, ‘sensação’.”

“A beleza não apenas nos convida ao desejo, mas também nos exorta a renunciá-lo.”

“[…] a inclinação à beleza se aproxima da mentalidade religiosa, nascendo da humilde consciência de que vivemos com imperfeições ao mesmo tempo que aspiramos a uma unidade suprema com o transcendental.”

Adquira já seu exemplar!

Beleza, de Roger Scruton.

Quem foi Roger Scruton?

Considerado o intelectual britânico conservador mais bem-sucedido desde Edmund Burke, Roger Scruton foi um filósofo de profunda e profícua produção.

Autor de mais de 50 livros, foi compositor de óperas e crítico cultural de inteligência ímpar: Sir Roger — porque foi nomeado Cavaleiro Celibatário pela Rainha Elizabeth II, em junho de 2016 — escreveu obras sobre política, música, arte, meio-ambiente, sexualidade e o sagrado.

Nascido Roger Vernon Scruton, em 27 de fevereiro de 1944, faleceu recentemente, em 12 de janeiro de 2020.

Quais são os outros livros de Roger Scruton?

No catálogo da É Realizações, você encontra outros livros de Roger Scruton que merecem ser apreciados. Confira alguns deles!

As Vantagens do Pessimismo – E o perigo da falsa esperança

Nessa publicação, o autor apresenta as tragédias e os desastres da história que foram consequências do que nomeia como “falso otimismo”. Com tradução de Fabio Faria, o livro integra a Coleção Abertura Cultural.

Em suas páginas, Scruton discute os temas:

  • Pessimismo
  • Otimismo
  • Esperança
  • Ceticismo
  • Conservadorismo
livro beleza
As Vantagens do Pessimismo. de Roger Scruton.

As Memórias de Underground

Único romance escrito por Roger Scruton, o livro é baseado em sua própria experiência como colaborador dissidentes da URSS.

A trama é toda ambientada na Tchecoslováquia comunista e tem como protagonista Jan Reichl, um rapaz que costuma andar de metrô imaginando os segredos de cada um de seus compatriotas.

Com ajuda de sua mãe, Jan escreve um livro sobre tais devaneios e o divulga de forma clandestina, o que leva sua mãe à prisão.

as memórias de underground
As Memórias de Underground, de Roger Scruton.

Coração Devotado à Morte – O sexo e o sagrado em Tristão e Isolda, de Wagner

Nessa obra, o filósofo britânico reflete sobre a essência do amor erótico, as qualidades sagradas da paixão humana e o lugar do erotismo em nossa cultura. Tudo a partir da obra-prima do compositor Richard Wagner.

Coração Devotado à Morte, de Roger Scruton.

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