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Joana d’Arc: confira o livro Joana, Relapsa e Santa de Georges Bernanos

Conhecido popularmente como o “Dostoiévski francês”, o francês assinou títulos consagrados como Senhor Ouine e Sob o Sol de Satã.

Quer saber mais sobre Joana d’Arc? Joana, Relapsa e Santa é um romance de Georges Bernanos, um dos mais renomados nomes da literatura do século XX. Nessa breve obra, o escritor francês faz uma ode à heroína religiosa, em sua verve típica, apaixonada e latente.

Com tradução de Pedro Sette-Câmara, a edição tem apresentação de Jean Bastaire e é leitura ideal para católicos, interessados em personalidades históricas e apreciadores da boa literatura.

Conhecido popularmente como o “Dostoiévski francês”, Bernanos assinou títulos consagrados como Senhor Ouine e Sob o Sol de Satã.

Parte da Coleção Georges Bernanos, Joana, Relapsa e Santa é um excelente livro de entrada para romances franceses, exclusivos da É Realizações.

Se você é um apreciador da boa literatura, precisa conhecer toda a obra de Bernanos, a começar por Joana, Relapsa e Santa.

Confira trechos da obra!

Trechos de Joana, Relapsa e Santa sobre Joana d’Arc

“A infância é esse coração. Não fosse o gentil escândalo da infância, a avareza e o ardil teriam, em um século ou dois, exaurido a terra.”

“Outra vez ela escuta o farfalhar dos pergaminhos, o riscar das penas, a respiração daqueles gordos satisfeitos e sonolentos. Eh! Sim, ela tem muito medo do fogo, mas ela não consegue não dar de ombros, ela boceja e responde:  ‘Que bom saber disso!’, ou  ‘Acreditem se quiserem!’, ou ainda, sacudindo sua cabecinha orgulhosa:   ‘Pois, pois, por ter dito a verdade, muita gente já foi enforcada…’. Mas ela pensa:  ‘Se eu entrasse aqui com dez dos meus, a cara de vocês ia ficar feia!’. E quando ela é levada, esgotada pelo enervamento, pelo cansaço, por uma espécie de repulsa infantil, ela grita: ‘A responsabilidade de vocês é grande, e realmente vocês estão jogando responsabilidade demais em cima de mim!’, toda rubra de cólera, com os olhos cheios de lágrimas.”

“Não existe verdadeiro espírito de paz sem um sólido oportunismo.”

“É verdade que, a cinco séculos de distância, gostaríamos que Joana tivesse sido poupada de uma agonia tão longa, tão tortuosa, tão eloquente, e preferiríamos que ela fosse devorada pelos lobos a ser mordiscada por aquelas raposas escolásticas, aqueles ratos.”

“Deus não troveja contra sua própria justiça. E se ele tivesse algo a dizer aos membros da Igreja, ele teria encontrado alguma outra intérprete, e não aquela moça de gostos singulares, com seu cabelo de cuia à moda dos pajens, suas bragas, seus calções, seus sapatos altos, seu casaco curto e seu gracioso capuz com contornos irregulares.”

“A história de Joana hoje nos é tão familiar que essas palavras nem chegam mais a comover: elas fazem parte da lenda. Não é de ontem que elas são. No entanto, perguntamos: que recepção o amanhã lhes reserva?”

“Ó, rosto sagrado! Ó, doce rosto do meu país, olhar sem medo! Eles viram suas pobres bochechas afundadas pela febre, o suor se formando em tua pequena testa obstinada, o tremor da boca, quando no ar sufocante da sala de audiência, há tantos dias acuada, te recusaste subitamente a olhar, desta tua palavra e teu juramento, ó, fina flor da cavalaria! E por ter acreditado surpreender em perigo, por um momento, só um momento, a honra francesa, tua doce honra, mais frágil do que um lírio, eles nos deixaram de ti a insípida imagem de uma virgenzinha inofensiva, para fazer sonhar os seminários, um mingau açucarado. Eles a queimaram, ou meramente a reprovaram no exame do catecismo da perseverança? Balofos! Fazíeis em torno da mártir uma blindagem de barrigas, de coxas grossas, de crânios polidos como marfim, mas ela até o fim ficou olhando, acima das vossas cabeças, um pedaço do céu livre, aquele céu de março, cruel, cheio de vento, propício para longas cavalgadas noturnas, para a emboscada, para belas proezas armadas.”

Garanta já seu exemplar!

Joana, Relapsa e Santa Georges Bernanos
Joana, Relapsa e Santa, de Georges Bernanos.

Outros romances de Georges Bernanos

Em nosso catálogo, você encontra outros romances do escritor francês Georges Bernanos. Confira um pouco de cada um!

Senhor Ouine

O próprio Bernanos considera Senhor Ouine sua obra-prima. O romance foi escrito em sua fase mais madura e, curiosamente, foi concluído no Brasil, enquanto morou em Barbacena, Minas Gerais. O livro conta a história do professor Ouine e sua chegada a um novo vilarejo.

Senhor Ouine, de Georges Bernanos.

Sob o Sol de Satã

Sob o Sol de Satã é o mais famoso romance de Bernanos. A obra chegou a ser adaptada para o cinema em 1987, pelo cineasta Maurice Pialat. Trata-se da história de uma jovem desesperada, desiludida por viver em tanta miséria, e um padre atormentado pelo diabo.

Sob o Sol de Satã, de Georges Bernanos.

Joana d’Arc e outros temas religiosos: Diário de um Pároco de Aldeia

Mais um romance cuja temática religiosa está presente, Diário de um Pároco de Aldeia narra a trajetória de um jovem padre católico, e, nessa obra, Bernanos faz uma denúncia acerca do mundo moderno versus o cristianismo. Mais uma história que chegou aos cinemas, desta vez pelas mãos de Robert Bresson, em 1951.

Diário de um Pároco de Aldeia, de Georges Bernanos.

Joana d’Arc e outras santas: Diálogos das Carmelitas

Ambientado no período da Revolução Francesa, o autor busca em Diálogos das Carmelitas exaltar o papel da fé frente à violência. O livro conta a história de dezesseis irmãs carmelitas condenadas à guilhotina.

Conheça mais sobre o livro nesse artigo especial.

Joana d'Arc
Diálogos das Carmelitas, de Georges Bernanos.

Um Sonho Ruim

Nada mais atual, embora tenha sido escrito em 1934, Um Sonho Ruim conta a história de personagens apáticos: um esquerdista suicida, um escritor refém de sua fama, uma mulher e seu amante que vive em meio às drogas e ao crime.

Um Sonho Ruim, de Georges Bernanos.

Nova História de Mouchette

Um dos livros mais impressionantes, Nova História de Mouchette conta a história de uma garota de quatorze anos que queria sair de sua comunidade, mas na tentativa acabou caindo em outra cilada, cheia de mentiras e até estupro. Esse foi mais um livro que Robert Bresson, em 1967, levou para as telonas.

Joana d'Arc
Nova História de Mouchette, de Georges Bernanos.

Comece sua leitura dos romances de Georges Bernanos com a ode à Joana D’Arc, um depoimento tocante e poético, que permite conhecer o estilo fulminante desse católico fiel.

Navegando em nossa loja on-line, além de Joana, Relapsa e Santa, que conta sobre Joana d’Arc, você também encontra livros de ensaios de Georges Bernanos, entre outros autores de literatura, de qualidade excepcional.

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