Jesus – Ele é o inefável de que falamos até hoje é uma obra do grandessíssimo intelectual A.-D. Sertillanges. Publicação especial do catálogo da Editora Filocalia, trata-se de uma leitura breve, de apenas 136 páginas.
Com tradução de Lara Christina de Malimpensa, o livro é perfeito para interessados em livros de religião e espiritualidade, podendo ser, inclusive, lido como devocional.
A.-D. Sertillanges escreve de maneira tocante sobre Jesus de Nazaré. Uma curiosidade sobre o livro é que ele foi escrito logo depois de uma viagem do autor a Jerusalém.
Certamente, os cenários descritos na Bíblia foram profundas fontes de inspiração: “com o coração pleno de visões que, a cada passo, surgem naqueles percursos, não pudemos resistir ao impulso a que toda admiração está sujeita, e escrevemos este volume.”
Em Jesus – Ele é o inefável de que falamos até hoje, A.-D. Sertillanges descreve aspectos da vida de Jesus como ser humano.
O autor escreve sobre sua personalidade, os anos de formação, seus ensinamentos, além dos hábitos de devoção, a confrontação com os poderosos de sua época, sua relação com os discípulos e muito mais.
Leia trechos da obra!
“Quando percorremos esses lugares, atualmente povoados de silêncio, todas essas lembranças se erguem em torno de nós, incontáveis. Tudo o que vemos nos relembra um traço, um evento sagrado, uma parábola. E seguimos adiante com respeito, como num templo ou numa avenida triunfal. Essa terra que susteve Jesus, esse céu admirável que o cobriu, essas colinas que ouviram sua voz, esses aspectos eternos das coisas que impressionaram seus olhos, tudo isso abala a alma deliciosamente e a mergulha num sonho muito suave, que convida a ler e reler o Evangelho.”
Em outras palavras, o livro Jesus – Ele é o inefável de que falamos até hoje revela o Jesus humano, e não o divino. Sem dúvidas, uma obra indispensável para conhecer mais sobre a maior personalidade que já pisou sobre a Terra.
“Jesus nasce de uma mulher. Essa mulher, porém, tem um nome que não permite que a confundamos com nenhuma outra. É a mulher ideal, adornada de todas as belezas, coroada de todas as graças. Seus privilégios são tão grandes que a eternidade parece até ter transcorrido, lá no alto, compondo seus adereços.”
“Amamos imaginar seus traços nobres, sua estatura alta, seu andar desenvolto, seu gesto grave, sua fronte poderosa e calma, seu olhar em que a alma brota ou então mergulha em profundezas de mistério, sua boca de feitio delicado, porém firme, de uma sensibilidade sublime, mas isenta de qualquer pieguice, de qualquer frouxidão: todo o seu ser, em suma, digno de suas origens divinas e humanas, digno de seu papel entre nós, e capaz de dizer aos olhos, como sua palavras dizia à alma, sua inteligência soberana e seu poderoso amor.”
“Qualquer um que tenha penetrado a alma de Jesus Cristo terá descoberto nele, mesmo em meio às agitações de sua vida ativa, retiros plenos de silêncio em que sua vida interior se desenvolvia numa camada profunda, da qual a outra era apenas um leve véu.”
“Não se poderia dizer com simplicidade mais profunda que Jesus, em Nazaré, em nada se distinguia de seu entorno. Ele queria que suas obras se parecessem com as nossas, para que nosso mérito pudesse se assemelhar ao seu.”
“Desde a infância até os dias de sua vida pública, Jesus trabalhou. Era necessário, pois o lar de José era pobre. Além disso, havia aí um dever ao qual o Filho do Homem não podia se furtar.”
“O trabalho é a condição comum dos homens. Por isso, Jesus, que se oferece a todos, deu ao povo esse exemplo notável: um Cristo trabalhador durante a maior parte de sua vida.”
“É preciso, portanto, cultivar nossa alma; para isso, a solidão e o recolhimento se impõem.”
“A solidão chama Deus, abre o coração aos grandes pensamentos, faz-nos tocar aquele fundo de nós mesmos onde se preparam as resoluções viris e se dissimulam nossos verdadeiros recursos.”
“Possuía, por fim, mesmo humanamente, todas as características que ajudam a verdade a compor seu traço. Possuía o desapego, a preocupação exclusiva com os interesses de seu Pai, o amor verdadeiro pelo povo, que tantos outros adulam com o intuito de explorar e que ele, por sua vez, repreende, corrige, consola, cura, como um pai generoso e firme.”
“Ele bem sabe que nossas virtudes se fundam, por vezes, em nossas misérias.”
“Aguardar! Quantas vezes Deus não tem de aguardar, em relação ao homem! Diante de nosso orgulho louco, de nossa caridade nula, de nosso egoísmo ultrajante para Aquele de quem recebemos tudo, daquela ganância com que nos lançamos sobre tudo o que nos lisonjeia, seja qual for o dever, independentemente do que possa pensar Deus, que pede que nos esqueçamos um pouco por Ele, como Ele se esqueceu de Si Mesmo por nós, e como espera um dia esquecer-se de Si Mesmo em nós: quantas vezes não teríamos esgotado a mais longânime paciência! E Deus aguarda: mantém-se à porta, como diz, e bate.”
Você sabe quem foi Sertillanges?
Antonin-Gilbert Sertillanges nasceu em Clermont-Ferrand no dia 16 de novembro de 1863. O grande pensador tomista foi também uma referência nos estudos de Henri Bergson, além de precursor das obras de Étienne Gilson e Jacques Maritain.
Sertillanges começou sua trajetória intelectual e religiosa aos 20 anos na Ordem dos Dominicanos, tendo sido também professor de Ética no Instituto Católico de Paris.
O pensador, autor do consagrado A Vida Intelectual, também de nosso catálogo, deu aulas de Ética Social no convento dominicano de Le Saulchoir e foi chefe de redação da Revue Thomiste.
A.-D. Sertillanges faleceu em 26 de julho de 1948.
A propósito, temos esse interessante artigo sobre uma das reflexões de Sertillanges: Por que é importante reservar tempo para contemplação?
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