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A Crise da Educação Ocidental: Dawson propõe redirecionamento

O autor discute que a civilização ocidental só poderá ser salva quando se afastar do vocacionalismo e da especialização.

A Crise da Educação Ocidental, livro do historiador galês Christopher Dawson, é uma leitura fundamental para refletir sobre o caráter indissociável da cultura e da educação.

Um dos livros mais apreciados do catálogo da É Realizações tem tradução de André de Leones, e pertence à Coleção Educação Clássica. A publicação conta, também, com introdução de Glenn W. Olsen.

No livro A Crise da Educação Ocidental, Dawson discute que a civilização ocidental só poderá ser salva quando se afastar do vocacionalismo e da especialização, voltando-se para uma reflexão espiritual orgânica.

Leitura interessante para quem aprecia livros de educação, história e educação cristã, a obra está dividida em três partes:

Parte I – A História da Educação Liberal no Ocidente

  • As Origens da Tradição Ocidental de Educação
  • A Era das Universidades e a Ascensão da Cultura Vernácula
  • A Era do Humanismo
  • A Influência da Ciência e da Tecnologia
  • O Nacionalismo e a Educação do Povo
  • O Desenvolvimento da Tradição Educacional Americana
  • A Educação Católica e a Cultura na América
  • A Educação e o Estado

Parte II – A Situação da Educação Cristã no Mundo Moderno

  • O Estudo da Cultura Ocidental
  • A Importância do Estudo da Cultura Cristã
  • O Estudo da Cultura Cristã na Universidade Católica
  • Os Fundamentos Teológicos da Cultura Cristã

Parte III – O Homem Ocidental e a Ordem Tecnológica

  • O Vácuo Religioso na Cultura Moderna
  • A Cultura Americana e a Ideologia Liberal
  • O Homem Ocidental e a Ordem Tecnológica

A Crise da Educação Ocidental possui índices remissivo e onomástico.

Garanta seu exemplar!

A Crise da Educação Ocidental
A Crise da Educação Ocidental.

Leia alguns trechos de A Crise da Educação Ocidental

“Assim, é evidente que a cultura é inseparável da educação, uma vez que, no sentido amplo do termo, educação é o que os antropólogos chamam de  ‘enculturação’, isto é, o processo pelo qual a cultura é transmitida pela sociedade e adquirida pelo indivíduo.”

“Ao longo da Alta Idade Média, a educação ocidental seguiu as linhas estabelecidas no último período do Império Romano. Era baseada na gramática latina e no estudo dos clássicos latinos, dos Pais da Igreja, da Bíblia e da liturgia. Era, portanto, educação especificamente clerical que, em geral, se restringia aos mosteiros e seminários, embora pudesse ser encontrada também nas escolas palacianas de monarcas mais esclarecidos, como Carlos Magno, que prestou excelente serviço à causa da cultura cristã com suas capitulares educacionais, nas quais insistia na importância de alto padrão de precisão nas cópias dos manuscritos e na correção dos textos.”

“A alta cultura da Europa moderna, e da América, foi formada pela tradição educacional que tem suas raízes no Renascimento italiano. Era uma tradição cujo centro não eram tanto as universidades, que por muito tempo mantiveram seu caráter medieval, mas as academias e comunidades científicas, as instituições jesuítas e as escolas públicas inglesas.”

“Mas, no presente, o Renascimento italiano e a cultura humanista são menos valorizados do que foram por mais de quatrocentos anos. Hoje seria difícil encontrar alguém que concordasse com a opinião de Voltaire de que a época do papa Leão X foi um desses raros momentos na vida da humanidade que  ‘justifica a grandeza do espírito humano e compensa o historiador da árida visão de mil anos de estupidez e barbárie’. No entanto o Renascimento italiano representa um ponto decisivo na história por mudar o eixo da cultura ocidental, coisa que nenhum historiador pode se dar ao luxo de ignorar.”

“A tradição educacional americana derivou-se originalmente da Grã-Bretanha e tinha pouco em comum com os sistemas centralizados e controlados pelo Estado, típicos da Europa continental a partir do século XVIII. Por quase duzentos anos, ela se desenvolveu livremente e em seus próprios termos, criando uma nova tradição que difere em vários aspectos tanto do padrão inglês quanto do europeu continental e tornando-se uma influência enorme e crescente no mundo moderno.”

“A ideologia dos Pais Fundadores era iluminista, e suas ideias educacionais, sobretudo as representadas por Franklin e Jefferson, eram fortemente influenciadas pelas teorias contemporâneas da filosofia francesa.”

“O período que vai da Revolução à Guerra Civil foi a grande era criativa da cultura americana.”

“É fato que a Nova Inglaterra sempre esteve à frente do Sul em termos de educação e cultura literária. Mas isso significa que a Nova Inglaterra estava em contato mais próximo com a Europa e era mais dependente dos padrões culturais do velho mundo.”

Outros livros de Christopher Dawson

Que tal conhecer outros livros de Christopher Dawson?

A Formação da Cristandade – Das Origens na Tradição Judaico-Cristã à Ascensão e Queda da Unidade Medieval: o livro aborda a evolução do cristianismo, desde suas origens influenciadas pelo judaísmo e pela cultura helênica até a fase de declínio da religião durante a Idade Média.

A Formação da Cristandade – Das origens na tradição Judaico-cristã à ascensão e queda da unidade medieval.

Progresso & Religião – Uma Investigação Histórica: o escritor levanta indagações acerca da concepção positivista do progresso, que destaca a relevância do empirismo em contraposição à contemplação, especialmente a teológica. Para Dawson, abordagens puramente lógicas não são adequadas para abordar as intricadas questões da existência.

A Crise da Educação Ocidental
Progresso & Religião – Uma investigação histórica.

Inquéritos sobre Religião e Cultura: explorando temática semelhante, a obra apresenta ponderações sobre o Iluminismo e o Positivismo como correntes que impulsionaram a crença no progresso.

Inquéritos sobre Religião e Cultura.

A Divisão da Cristandade – Da Reforma Protestante à Era Do Iluminismo: Dawson expõe razões contrárias ao Iluminismo e aos antecessores da Revolução Francesa. Segundo o historiador galês, ambos desempenharam um papel no enfraquecimento dos alicerces da cristandade.

A Divisão da Cristandade – Da reforma protestante à era do iluminismo.

Dinâmicas da História do Mundo: para o autor galês, para compreender o cristianismo é fundamental considerar a fé na vida, na morte e, sobretudo, na ressurreição de Cristo.

Dinâmicas da História do Mundo.

Os Deuses da Revolução: a partir dos conceitos progresso, democracia e humanidade, Dawson tece uma análise sobre os eventos que levaram à Revolução Francesa.

Os Deuses da Revolução.

Criação do Ocidente – A Religião e a Civilização Medieval: para quem o cristianismo é uma fé fundamentada em eventos concretos que emancipou a humanidade, o autor sustenta sua análise no recorte da queda do Império Romano do Ocidente ao fim da Idade Média.

A Crise da Educação Ocidental
Criação do Ocidente – A religião e a civilização medieval.

Por fim, como obra de entrada para o pensamento dawsoniano, indicamos o magnífico O Sábio de Malvern Hills: o Espiritualismo Histórico de Christopher Dawson, livro de Maurício G. Righi. Uma obra envolvente, à altura do historiador galês.

O Sábio de Malvern Hills, de Maurício G. Righi.

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