A França Contra os Robôs, livro de Georges Bernanos, foi escrito em 1944, enquanto o escritor francês ainda morava no Brasil, embora tenha sido publicado postumamente, em 1947.
Visionário, os escritos foram como um alarme, uma profecia, uma premonição quanto ao que viveríamos hoje: a civilização lutando contra as máquinas.
Uma leitura verdadeiramente empolgante, A França Contra os Robôs é uma espécie de panfleto que denuncia o capitalismo e a busca desenfreada pelo lucro. É claro que os argumentos não são reducionistas – afinal, estamos falando de Bernanos – e não querem dizer que o perigo esteja exatamente nas máquinas, ou destruí-las seria uma solução simples.
Georges Bernanos, inclusive, compara esta ideia aos atos dos iconoclastas que, quando quebram imagens, pensam orgulhosamente que estão destruindo crenças – algo que vemos ainda hoje.
Ele diz ainda que o perigo não está também na multiplicação das máquinas. A questão, para Bernanos, é o crescimento do número de homens que estão se acostumando, desde a infância, a desejar apenas o que as máquinas podem dar.
E fica a pergunta: seria mesmo possível a construção de uma sociedade que permite uma vida digna de ser vivida, que leva em consideração o que é ser humano?
Aliás, abaixo seguem algumas reflexões que podem ser feitas a partir da leitura desse maravilhoso livro!
Possíveis reflexões de A França Contra os Robôs, de Georges Bernanos
Caso seja um leitor analítico, estas são algumas deixas para refletir durante a leitura:
- Os algoritmos estão substituindo nossa capacidade de discernimento?
- Quem pode se abster da dominação das máquinas? Há privilégios para os ricos e os pobres?
- Vida interior é o oposto de vida moderna?
- O avanço da técnica precisa necessariamente desprezar a espiritualidade?
- O valor do ser humano é apenas enquanto ele produz?
No banco dos réus está a mentalidade moderna, em sua suposta conspiração contra todos os tipos de vida interior, como acusa Bernanos.
Nesse título, outros temas entram em pauta:
- Revolução Francesa;
- Liberdade;
- Egoísmo;
- Materialismo;
- Quantidade versus qualidade;
- Padronização.
No cenário pintado por Bernanos, os indivíduos são apenas engrenagens de uma lógica político-econômica imanente. Eis um livro brilhante, que merece sua leitura!
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Ele é o autor dos magníficos livros Sob o Sol de Satã e Diário de um pároco de aldeia, só para citar 2, porque em nosso catálogo tem muito mais!
Em seus romances, são comumente abordados os temas: cristianismo, a batalha entre o bem e mal dentro de nós, contingência, pessimismo, falta de esperança, a graça de Deus sem a qual não podemos viver – é o que Bernanos acredita –, entre outros.
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