Compartilhe, , Google Plus, Pinterest,

Imprimir

Posted in:

A voz sagrada da Irmã Marie Keyrouz

Voz Sagrada – Instrumento da Alma é mais uma preciosidade no catálogo da Editora Filocalia. A autobiografia da Irmã Marie Keyrouz, a mais célebre intérprete de música sacra, é leitura de verdadeiro deleite.

Melquita, siríaca, maronita ou bizantina, a Irmã Marie Keyrouz dedicou às tradições ancestrais dez lindos álbuns. Doutora em Antropologia Religiosa e em Musicologia, fundou o Institut International de Chant Sacré, em Paris, e a Association Enfance pour la Paix.

Leitura ideal para interessados em música sacra e em religião, essa joia do canto lírico vem em uma graciosa edição de apenas 93 páginas. Quem assina a tradução é Lara Christina de Malimpensa.

A partir de uma simples conferência no sumário, é fácil notar a combinação singular entre vida e obra, música e religião. Confira alguns capítulos!

  • “A Música, Semelhante ao Pão”,
  • “O Canto Sagrado do Meu País”,
  • “O Canto Sagrado, no Cerne do Humano e do Divino”,
  • “Orar Três Vezes”,
  • “As Mulheres e a Música Sacra”.

Leia trechos de Voz Sagrada – Instrumento da Alma!

“Sou de uma terra santa. Uma terra múltipla e fascinante que, apesar das divisões infinitas, das destruições e das guerras, manteve a unidade. É minha terra santa, ouso dizer. É meu Líbano. Guardei dele essa visão de um lugar sagrado, cujas montanhas e cujos vales são criados para fazer ressoar os mais belos cantos do mundo. Na Bíblia, Moisés implora a Deus: ‘Permite que eu atravesse para o outro lado, e que eu veja a boa terra que está do outro lado do Jordão, esta boa montanha e o Líbano!’ (Deuteronômio 3,2-5).”

“Soube muito cedo, ainda criança, que queria tornar-me religiosa, que precisava responder a esse chamado. E tinha uma espécie de imagem dessa vocação, que era artística. Eu precisava ser aquela pessoa que usa a voz para se pôr a serviço de Deus. Essa era minha convicção interior. Eu tinha de ser religiosa e artista.”

“Quando, por vezes, me perguntam atualmente: ‘entre ser cantora e ser religiosa, o que é mais importante para você?’. Só posso responder: não é uma questão de hierarquia, as duas coisas são indissociáveis. A música não é um fim em si. Sou uma religiosa missionária, que usa suas capacidades humanas, sua sensibilidade artística, sua técnica – fruto de um trabalho infinito –, e as consagra ao amor de Deus e das pessoas.”

“Atualmente, não sei se causou estranheza às pessoas quando digo: ‘sinto-me mais religiosa ao cantar do que fazendo outra coisa’. No entanto, não foi simples realizar plenamente essa vocação. Quando você faz algo que não segue os caminhos já percorridos, fica sujeito a críticas. No início, diziam-me: a missão de nossa congregação é ensinar; se você gosta de cantar, dirija o coral depois de suas horas de ensino na escola. Foi o que fiz. E tornei-me professora de física e matemática. Quarenta horas de ensino por semana, divididas entre a física, a matemática, o canto e o coral, porque era o que se costumava fazer.”

Marie Keyrouz: técnicas orientais e ocidentais

As técnicas vocais orientais e ocidentais pelas quais ficou famosa, a Irmã Marie Keyrouz aprendeu na Holy Spirit University, em Kaslik, no Líbano. Ela desenvolveu imensa facilidade de mudar de repertório e de uma técnica para outra. A freira fez pós-graduação em ambos os gêneros, tendo assim uma formação mais abrangente. O Líbano de sua infância ainda era o da tolerância.

Como nasceu em uma família cristã, praticando o rito maronita, a atmosfera musical a envolveu desde o berço. Ainda criança, entrou para uma congregação greco-católica, a Chouérite Basilian Sisters, na qual foi iniciada no rito bizantino.

Quem é a Irmã Marie Keyrouz?

Marie Keyrouz nasceu em Deir el Ahmar, no Líbano. Foi criada na Igreja Maronita, mas fez os votos na Igreja Católica Grega Melquita. Doutorou-se em Musicologia e Antropologia na Sorbonne, em 1991.

Em sua obra musical consta uma variedade de cantos que preservaram manuscritos gregos, siríacos, árabes e a tradição oral. Marie Keyrouz canta desde músicas árabes clássicas a óperas clássicas ocidentais.

Seu álbum de estreia, Chant Byzantin, de 1989, causou surpresa na Europa – principalmente devido ao repertório antigo, além do virtuosismo de sua voz.

A Irmã Marie Keyrouz vive em Paris, desde 1987. Trabalha para manter a unidade da diáspora cristã libanesa na França, cantou regularmente na Igreja de Nossa Senhora do Líbano e na Igreja de Saint Julien-le-Pauvre, em Paris.

Ensemble de la Paix

A Irmã Marie Keyrouz vivia em Beirute quando o Líbano começou a ser destruído por bombas, isso em 1984. Levada a um chamado para combater a guerra religiosa e a intolerância, a missionária convidou colegas libaneses de todas as religiões e confissões, e em torno da música deram início ao “Ensemble de la Paix”.

A motivação sincera da Irmã Marie Keyrouz também cativou músicos de países próximos do Médio Oriente e todos conseguiram um lugar no “Ensemble de la Paix”. As canções mais famosas desse movimento são: “Ud”, “Kanoun”, “Nay” e “Kaman”.

Deleite-se com essa leitura! Para adquirir o seu exemplar de Voz Sagrada – Instrumento da Alma, clique na imagem da capa!

É Realizações e Filocalia: publicando títulos que elevam a alma!

Acompanhe nossas novidades no Instagram!

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *