Como Combater o Antissemitismo, livro de Bari Weiss, é mais uma reflexão urgente — e bastante elogiada — que chega para integrar a Coleção Oriente Médio, exclusiva da É Realizações.
O título soma-se aos já apresentados O Impasse de 1967, de Micah Goodman; e A Indústria de Mentiras, de Ben-Dror Yemini, outros dois livros indispensáveis em sua biblioteca.
Com tradução de André de Leones, a publicação oferece uma leitura breve e ideal para interessados em história, política, temas como antissemitismo, conflito árabe-israelense e demais atritos que ocorrem no mundo contemporâneo.
A edição de Como Combater o Antissemitismo possui apenas 160 páginas e está dividida em seis capítulos de leitura bastante fluida:
- Despertando
- Uma Breve História
- A Direita
- A Esquerda
- Islã Radical
- Como Combater
A articulista e escritora Bari Weiss escreve no capítulo 1:
“Sempre me considerei uma das judias mais sortudas da história. Isso seria verdade pelo simples fato de eu ter nascido nos Estados Unidos na segunda metade do século XX. Foram anos de abundância para os judeus norte-americanos. Os hospitais e as firmas de advocacia que os judeus fundaram, por não serem aceitos pelos outros, eram, agora, aqueles que todos procuravam. Em poucas décadas, os consumados marginais se tornaram privilegiados, capazes de advogar não apenas para si mesmos como por aqueles que ainda enfrentavam a discriminação sistêmica — tudo isso sem ter de abrir mão do peixe defumado ou do Yom Kippur.”
O intuito da autora com o livro Como Combater o Antissemitismo está implícito, porém, o apresenta com um retrato mais claro da realidade americana:
“A verdade é que forças culturais e políticas mais profundas, à esquerda e à direita, estão transformando o país, com grandes implicações para um grupo que constitui menos de 2% da população. E essas formas têm feito essas questões ecoarem com uma urgência cada vez maior.”
Durante a leitura, Weiss apresenta o cenário privilegiado em que nasceu e cresceu, mas volta à história triste de seu povo e alerta que, mesmo em um país como os Estados Unidos, nenhum judeu está a salvo.
Como escreve ainda no capítulo 1:
“Sempre achei impossível que esse tipo de câncer pudesse se espalhar pelos Estados Unidos por três razões fundamentais.”
Confira mais trechos do livro Como Combater o Antissemitismo!
Trechos de Como Combater o Antissemitismo
“Certa vez, um sábio professor me disse que toda a história judaica — estabelecida primeiro no livro do Êxodo, e depois marcada pelo genocídio de Hitler — ensina duas lições ao povo judeu. A primeira lição é a de sobreviver. A segunda lição é a de nunca permitir que outros se tornem escravos, pois conhecemos o amargor da escravidão antiga e moderna. É uma variação da frase mais famosa atribuída ao rabino Hillel, um sábio do século I: ‘Se não sou por mim, então quem será? Mas, se eu for apenas por mim, o que eu sou? Se não agora, quando?’.”
“Em 2019, com sobreviventes do Holocausto ainda caminhando pelas mesmas ruas onde outrora foram aprisionados, a realidade é a seguinte: em várias das cidades mais refinadas da Europa, ser publicamente judeu — um judeu religioso, um sionista, ou mesmo uma pessoa com um sobrenome judeu ou uma aparência de judeu — significa, cada vez mais, arriscar a própria integridade física. Faz sentido que tanto judeus tenham optado por viver parcialmente no armário. Alguns removeram símbolos físicos: as mezuzot dos batentes das portas; os quipás das cabeças; as estrelas de Davi dos pescoços. Outros mantêm suas opiniões acerca de vários assuntos em silêncio, em especial o que pensam sobre Israel.”
“Os judeus da Europa, como escrevi em um artigo publicado pelo Times em novembro de 2018, estão tentando lutar contra uma espécie de dragão de três cabeças. Em primeiro lugar, há o medo físico de uma agressão violenta, com frequência, praticada por jovens muçulmanos, o que leva muitos judeus a esconder os indícios de sua identidade religiosa. Em segundo lugar, há o medo moral da vilanização ideológica, sobretudo pela extrema esquerda, que coloca toda a culpa pelo constante conflito entre Israel e os palestinos no Estado judaico, e assim faz com que os judeus minimizem suas simpatias por Israel ou as abandonem por completo. E, em terceiro lugar, há um profundo medo político do fascismo e do populismo ressurgentes, o que pode causar uma dissonância cognitiva, uma vez que pelo menos alguns dos neofascistas e populistas europeus professam simpatia por Israel enquanto expressam uma franca hostilidade aos muçulmanos.”
“O antissemitismo é abastecido pelos maliciosos, mas, com frequência, é alimentado pelos bem-intencionados. Combatê-lo significa ser capaz de reconhecê-lo com precisão e descrevê-lo.”
“O primeiro passo para entender o antissemitismo é compreender que esse inimigo em particular não é uma pessoa ou mesmo um grupo de pessoas. Não é sequer uma ideia palpável ou uma teoria singular. É uma visão de mundo cuja forma sempre muda e que escapa justo quando você pensa que conseguiu encurralá-la, e que, ao fazer isso, sempre se coloca um passo à frente de quem tenta derrotá-la.”
“Durante a juventude, eu ouvia com atenção quando o meu avô falava sobre os Estados Unidos. Ele sempre insistia em afirmar que esse país era a sua terra prometida. Menino judeu pobre criado por uma mãe solteira, ele conseguiu conquistar o que costumávamos chamar, sem ironia, de sonho americano.”
“Uma forma de ódio se origina da direita política, a outra, da esquerda. Podem parecer muito diferentes à primeira vista, mas são imagens espelhadas da mesma insanidade. E ambas chegam à mesma conclusão, embora, talvez, em velocidades levemente distintas: elimine o judeu.”
Leitura proveitosa, relevante e necessária!
Leia Como Combater o Antissemitismo na íntegra!
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