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Deus Ineffabilis: convite a uma vida de esperança

Deus Ineffabilis

Deus Ineffabilis – Uma teologia pós-moderna da revelação do fim dos tempos é um livro de Carlos Mendoza-Álvarez e tem como proposta o viver com esperança, mesmo em tempos colapsados como os que estamos vivendo – ou, principalmente, nestes tempos!

É quando, normalmente – e infelizmente –, as próprias religiões contribuem para a desesperança. Para o autor, alguns dos sinais de esperança que nutrem o “corpo anoréxico da humanidade feriada pelos totalitarismos” são:

  • Experiência da solidariedade
  • Compaixão
  • Criação
  • Beleza

Em suas próprias palavras: “Por sua feição fronteiriça entre a razão e a fé, a teologia fundamental – como disciplina dialogante em cada modelo de racionalidade – foi a disciplina teológica que elaborou com maior atenção uma interpretação pertinente para compreender o salto qualitativo da história. Mudança que aconteceu graças a Jesus de Nazaré e aos que imitam o anúncio pacífico e não violento do mundo novo que procede do Amor sem condição nem medida que chamamos Deus.”

O livro oferece referências de outras áreas, o que enriquece a leitura. Deus Ineffabilis passa pela antropologia, pela história, pela literatura, filosofia e teologia, evidentemente. Ou seja, os argumentos partem de análises interdisciplinares.

Eis o título ideal para apreciadores da hermenêutica bíblica, da filosofia pós-moderna, da teologia fundamental e da antropologia teológica.

São cinco capítulos cujas palavras respondem à inquietude pós-moderna: “Se o cristianismo tem ainda algo a dizer à humanidade nesta hora do pluralismo cultural e religioso, é precisamente a verdade cordial do amor universal.”

No capítulo 1, há duas perguntas muito interessantes. A primeira: “se é razoável viver ainda uma prática cristã com representações do divino.”

Já a segunda: “em que sentido seria viável a vida teologal que outrora foi o código de interpretação da experiência cristã pela qual o ser humano recebe em seus dinamismos vitais o dom divino, mas que já não responde à experiência da subjetividade desconstruída própria destes tempos do fragmento?”

No capítulo 2, temos uma definição mais clara do que se trata a teologia fundamental pós-moderna, que, de acordo com Mendoza-Álvarez, “busca esquadrinhar a greta do sem sentido a partir da experiência das vítimas, para vislumbrar aí a passagem de Deus.”

Neste momento, o autor volta-se para a narrativa paulina do fim dos tempos. “As intuições de Paulo de Tarso sobre a comunidade messiânica serão preciosas nesta hora em que a humanidade é empurrada para o abismo da espiral violenta.”

No coração do livro, o capítulo 3, a reflexão concentra-se na figura de Jesus de Nazaré “enquanto testemunha radical e revelador cabal do mistério divino, em particular durante seu ministério itinerante na Galileu.”

O capítulo 4, por sua vez, detém-se em algumas reflexões significativas, propostas pela teologia fundamental durante a segunda metade do século XX, “para dar razão da presença-silêncio de Deus na história fraturada da humanidade.” Nesta parte, é tratada a questão do ocultamento de Deus depois de Auschwitz.

Por fim, o capítulo 5 permite a reflexão sobre como Deus se revela no meio de uma história de violência global. Mendoza-Álvarez chega à conclusão de que “é por meio dos atos de gratuidade assimétrica e de amor de doação ‘sem medida nem condição’ que os justos da humanidade semeiam na história violenta sementes de redenção.”

É importante dizer que Deus Ineffabilis é parte da Biblioteca René Girard: “René Girard assinalou com agudeza crítica, há pouco mais de um lustro, a importância de pensar o fim dos tempos no meio da crise de espiral violenta que devasta a humanidade nesta hora de modernidade tardia.” O prefácio foi escrito por Andrés Torres-Queiruga.

Para adquirir o seu exemplar de Deus Ineffabilis, clique na imagem da capa!

Deus Ineffabilis
Deus Ineffabilis, de Carlos Mendoza-Álvarez.

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