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Dorothy Day: a subversiva serva de Deus

Conheça mais sobre a jornalista americana em Ortodoxia Subversiva!

Ortodoxia Subversiva – Foras da Lei, Revolucionários e Outros Cristãos Disfarçados, de Robert Inchausti, trata da contribuição de 20 pensadores cristãos para a vanguarda do pensamento contemporâneo, entre eles a jornalista Dorothy Day. Com tradução de André de Leones, a publicação integra a Coleção Abertura Cultural.

Outros autores analisados por Inchausti são:

  • William Blake
  • Johann Wolfgang von Goethe
  • Søren Kierkegaard
  • K. Chesterton
  • Nikolai Berdiaev
  • Fiódor Dostoiévski
  • Boris Pasternak
  • Aleksandr Soljenítsin
  • Jack Kerouac
  • Walker Percy
  • Thomas Merton
  • Martin Luther King Jr.
  • F. Schumacher
  • Wendell Berry
  • Marshall McLuhan
  • Northrop Frye
  • Jacques Ellul
  • Ivan Illich
  • René Girard

Apesar de diferentes no estilo, sabe o que eles têm em comum?

  • Desafiaram os pressupostos de seus colegas.
  • Foram inovadores em seus respectivos campos.
  • Criticaram as narrativas dominantes.
  • Estabeleceram conexões entre fé e a realidade.

Robert Inchausti denomina todos esses pensadores de “vanguardistas ortodoxos”. Para ele, foram cristãos inovadores, mas nem sempre reconhecidos. O livro, no entanto, não se trata de “antigos valores religiosos”, mas sim do “eterno frescor dos antigos”. Segundo o autor, “eles transpõem o abismo entre os nossos anseios de completude espiritual e o mundo técnico-científico no qual vivemos”.

Uma leitura imperdível!

Dorothy Day
Ortodoxia Subversiva, de Robert Inchausti.

Confira trechos de Ortodoxia Subversiva a respeito de Dorothy Day

Dorothy Day percorreu um longo caminho para solucionar o problema da alienação social por meio da desmistificação ativista do estado do bem-estar social, do capitalismo laissez-faire e do complexo militar-industrial. Suas reflexões sobre os mistérios da pobreza e da não violência começaram a cicatrizar a cisão entre a aquiescência cristã e as reformas sociais de maneira novas e criativas. Para ela, a chave para resolver problemas sociais aparentemente insolúveis era simplesmente fazer perguntas diferentes. Para mudar sua vida, mude a maneira como você processa a experiência. E, para mudar a maneira como você processa a experiência, mude a maneira como você vive. Nós não pensamos sobre o caminho para uma nova vida, nós vivemos o nosso caminho para novos pensamentos. O fato de que ela não chegou a articular uma teologia socioeconômica completa faz com que seja ainda mais relevante para a nossa época do que muitos teólogos e teóricos sociais mais sistemáticos, pois ela intuiu os perigos inerentes a qualquer crítica ideológica radical das injustiças econômicas. Ela não era uma filósofa, mas uma discípula cristã vivenciando o mito e aprendendo política em primeira mão mediante sua tentativa descompromissada de viver uma vida cristã.

Quem foi Dorothy Day?

Dorothy Day foi uma jornalista americana, ativista social anarquista e expoente do catolicismo. Nascida em 1897 em Nova York, passou a maior parte da infância em Chicago. Ao lado do padre Peter Maurin, fundou o Movimento Operário Católico, grupo pacifista que tinha como objetivo ajudar pobres e desabrigados.

O teólogo católico alemão Johann Baptist Metz descreveu Dorothy como uma “mística de olhos abertos”. Para ele, a jornalista se inspirava na justiça de Deus, que olha por todo o sofredor, e sua trajetória foi testemunho da chamada mística contemporânea, que se trata da santidade em todas as dimensões da vida.

A militante anarquista converteu-se ao catolicismo no final dos anos de 1920. Antes disso, pertenceu à Igreja Episcopal. Foi ao ingressar na Urban College, em Illinois, que entrou em contato com grandes escritores, como Liev Tolstói, Sinclair Lewis e Piotr Kropotkin, que apuraram seu senso de justiça social.

Outra motivação para sua conversão foi o nascimento de sua filha, Tamar Theresa. Em sua autobiografia, Day escreveu: “minha alegria de ter dado à luz a uma criança que me fez fazer algo definitivo. Eu queria que Tamar pudesse ter um caminho de vida e instrução”.

Entre 1917 e 1921, Dorothy Day atuou como jornalista em publicações  marxistas. Nessa época, rejeitava o cristianismo por achá-lo hipócrita. Ela integrou também protestos sufragistas, chegando a ser presa ao participar de uma manifestação pelo direito do voto das mulheres em frente à Casa Branca, em 1917. Entre 1920 e 1924, viajou pela Europa, onde escreveu The Eleventh Virgin, romance autobiográfico no qual abordou o conflito entre ação social e vida pessoal.

Dorothy Day publicou oito livros, além de mais de 1.350 artigos. Em sua obra, são marcantes temas como esperança, espírito de solidariedade e luta contra a pobreza. Seu trabalho social bastante tão profícuo e marcante.

Testemunho de espiritualidade, compaixão e solidariedade, Day foi presa aos 75 anos por se declarar pacifista. Morreu em 29 de novembro de 1980, em meio aos pobres, em Nova York. Foi declarada “serva de Deus” pelo papa João Paulo II. Desde 2000, está em processo de canonização.

Mais informações sobre Ortodoxia Subversiva

A edição conta com cinco interessantes capítulos:

  • A alma sitiada,
  • O romance como contra mitologia,
  • Política antipolítica,
  • Crítica macro-histórica,
  • O papel dos mistérios cristãos na vida da mente moderna.

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