Em Mônica, Mãe de Santo Agostinho, Anne Bernet revela, numa fluida biografia, a vida de uma grande mulher que não fica sob os holofotes do pensamento, mas que gerou uma das figuras mais notáveis de todos os tempos.
Lançamento de nosso catálogo, o livro não pode faltar na biblioteca de apreciadores de livros de religião, principalmente os católicos.
O livro Mônica, Mãe de Santo Agostinho possui 160 páginas e conta com a tradução de Diogo Chiuso. A publicação, que sai pela editora Filocalia, possui onze capítulos:
- Capítulo I | Filha de Numídia
- Capítulo II | A esposa de Patrício
- Capítulo III | O “imperadorzinho”
- Capítulo IV | A corrida das paixões
- Capítulo V | “O fervilhar dos amores ilícitos”
- Capítulo VI | Desgosto da vida
- Capítulo VII | “Um filho de tantas lágrimas”
- Capítulo VIII | “Milão”
- Capítulo IX | A sombra de Ambrósio
- Capítulo X | A entrega
- Capítulo XI | Partidas
Confira trechos da obra!
Trechos do livro Mônica, Mãe de Santo Agostinho
Uma trajetória instigante! Vale a pena ler os trechos que selecionamos para você conhecer um pouco mais dessa mulher de fé e já garantir o seu exemplar!
Capítulo I: Filha de Numídia
“Talvez para homenagear alguma ancestral distante que tinha esse nome, seus pais a chamavam de Monnica, abreviação de Monna, ou Mônica. Escolha curiosa, vindo de católicos fervorosos. Monna era uma divindade local, antigamente muito venerada pelas populações púnicas entre Tagaste, Hipona e Numídia.”
Capítulo II de Mônica, Mãe de Santo Agostinho: A esposa de Patrício
“No final dos anos 340, quando perceberam que não havia possibilidade de casarem a filha na comunidade, passaram a procurar, sem escrúpulos, algum candidato a esposo nas suas relações com os pagãos. Encontraram entre os decuriões de Tagaste um certo Patricius Aurelius, que provavelmente era descendente de colonos que se estabeleciam na África dois séculos antes, quando terminou o tempo de seu serviço militar. Pequeno nobre, dono de uma modesta propriedade agrícola que ficava na saída da cidade, com alguns vinhedos e pomares, Patrício possuía também alguns escravos que davam mais despesa alimentar do que proveito no trabalho. Era um homem de meia-idade, tinha 45 anos, que vivia com sua velha mãe, jamais havia se casado e satisfazia seus apetites carnais com escravas e prostitutas.”
“Lúcida e inteligente, Mônica sabia que não havia escolha: ou Patrício ou ninguém. Ela não tinha vocação celibatária; e como não lia histórias de amor — passatempo da moda que não era muito apreciado nos círculos católicos —, ela não imaginou nenhum Dáfnis que, por amor, enfrentaria todos os perigos para salvá-la.”
“Ele não era mau, ela sempre soube. Por isso consentiu àquele casamento ruim. Patrício era apenas um homem tempestuoso, que perdia o controle à toa, dava murros na mesa, derrubava os móveis e quebrava a louça, berrava acusações e insanidades que logo em seguida esquecia. Suas preocupações eram as de todos naquela época: os impostos, que sempre aumentavam, e o dinheiro que era dado como garantia, mas nunca reembolsado. Essas coisas o enervavam e era preciso descontar em alguém. Mônica sofria em silêncio, de cabeça baixa, esses desatinos de raiva do marido.”
“Depois de um tempo, Patrício passou a admirá-la e respeitá-la, sentimentos que nenhuma mulher jamais havia inspirado nele antes. Suas explosões de ira tornaram-se raras e foram perdendo a intensidade, já que Mônica não lhe fornecia motivos. Ele jamais ousou levantar a mão para a esposa. Ela sempre esperava ele parar de gritar para explicar-lhe calmamente como ele havia compreendido mal o que estava acontecendo, e não tinha motivo algum para ficar chateado. Como era sempre verdade, ele preferia não se expor ao ridículo. Assim, uma concórdia foi estabelecida entre eles: Patrício podia viver como bem entendesse, desde que deixasse a sua esposa livre para cuidar da casa, administrar seu tempo livre, praticar sua religião e, sobretudo, educar os filhos. E ela ainda continuava rezando para que seu exemplo e paciência abrissem uma brecha na alma daquele homem, por onde a graça pudesse tocá-lo, manifestando os cuidados e a ternura que lhe eram necessárias.”
Capítulo III: O “imperadorzinho”
“Como era uma esposa ultrajada e submissa, Mônica dedicou aos filhos o amor, a ternura e a afeição que Patrício desprezava. No início dos anos 350, deu à luz três crianças: dois meninos e uma menina.”
“No entanto, assim que ela o acolheu nos braços, teve a certeza que o destino daquela criança seria fora do comum. E era preciso muito otimismo para pensar algo assim…”
Capítulo IV de Mônica, Mãe de Santo Agostinho: A corrida das paixões
“A vida retomou o seu curso. Agostinho voltou aos jogos, às trapaças, às disputas infantis e às comilanças. Seus pais estavam mais inclinados a perdoá-lo porque ele havia revelado dons intelectuais excepcionais.”
“Quando voltou de férias a Tagaste, inflado com sua nova ciência e sucessos precoces que o levaram a ganhar todos os prêmios de oratória nas modestas competições locais de Madauros, passou a caminhar satisfeito, com ares de superioridade juvenil, olhando do alto a ignorância de seus pais, que se orgulhavam de vê-lo tão sábio. O filho era bem-sucedido e iria longe. Nada mais importava. Mônica conformou-se.”
“Agostinho vibrava com os versos de Virgílio, mas não conhecia muita coisa da vida real. No entanto, não demorou para as coisas se inverterem. Ele sucumbiu àqueles garotos mais experientes e maliciosos que não eram coibidos por nenhuma inibição social ou moral. Com eles experimentou todos os prazeres, permitiu-se todas as audácias e transgrediu todas as proibições. Na verdade, eles se autoexaltavam, inventando façanhas que nunca fizeram para compensarem a superioridade de Agostinho, tentando impressioná-lo. Como ele era um rapaz inocente, enganavam-no facilmente. Mas do que falavam? Evidentemente das garotas, das suas experiências sexuais, um mundo ainda desconhecido para Agostinho – e ele se envergonhava por isso.”
Mônica, Mãe de Santo Agostinho também é um excelente livro para presentear pessoas queridas, que merecem momentos de puro enlevo.
Garanta seus exemplares!
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