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O politicamente correto no palco de Os Debates Munk

O livro Politicamente Correto – Os Debates Munk acaba de ser lançado pela É Realizações!

O tão comentado debate que levou Jordan Peterson, Stephen Fry, Michael Eric Dyson e Michelle Goldberg ao palco para discutir o politicamente correto virou livro – inédito no Brasil! – e pode ser lido com o intuito de ampliar a reflexão a respeito de um conceito tão amplo – e muitas vezes de definição tão imprecisa.

Parte da Coleção Abertura Cultural, o livro Politicamente Correto – Os Debates Munk, traduzido por André de Leones, é para todos os interessados em:

  • politicamente correto;
  • liberdade de expressão;
  • políticas.

Jordan Peterson e Stephen Fry se posicionam contra o politicamente correto com o principal argumento de que ele atrapalha e impede a liberdade de expressão, impossibilitando a troca de ideias.

A favor, Michael Eric Dyson e Michelle Goldberg acreditam que o politicamente correto ajuda a criar uma sociedade melhor, porque permite enfrentar os desequilíbrios de poder que vêm mantendo as minorias marginalizadas.

Para Dyson e Goldberg, o politicamente correto promove sociedades diversas e o progresso social. Já para Fry e Peterson, estrangula o pensamento livre e divide a sociedade. Quem está certo ou errado? Será que é fácil estabelecer uma linha divisória entre um e outro? É uma leitura imperdível!

Conheça um pouco das ideias de cada debatedor!

Ideias de Michell Goldberg sobre o politicamente correto

Para Michelle Goldberg, “o foco deve ser proteger os grupos que são alvos devido a suas identidades. Colocar os interesses desses grupos de lado é ceder a uma reação que está apenas começando”.

“Quanto à pergunta sobre quando a esquerda vai longe demais, para mim é muito fácil — violência e censura. Sou contra a violência e sou contra a censura. Olhando para o mundo agora, entendo que haja um problema com o incômodo causado pela esquerda. Há várias formas pelas quais, em particular na internet, pessoas aleatórias conseguem enxamear ao redor de indivíduos e transformar comentários dispersos em campanhas nas redes sociais. Com frequência, isso se mistura com politicamente correto, e é um fenômeno ruim. Gostaria que houvesse uma forma de colocar um fim nisso. Mas não creio que simplesmente ter liberais razoáveis e socialistas razoáveis denunciando isso seja uma maneira de acabar com isso. É apenas um tipo de fenômeno horroroso da vida moderna. E se vocês quiserem debater sobre se as redes sociais são ruins para a democracia, eu estarei do lado do ‘sim’.”

Ideias de Jordan Peterson sobre o politicamente correto

Para Jordan Peterson, “sem liberdade de expressão não há pensamento verdadeiro”. Confira outros trechos da fala do professor e psicólogo canadense:

“É o fato de que, uma vez que desenvolvemos controles de natalidade confiáveis, coisa que só aconteceu para valer nos anos 1960, as mulheres foram radicalmente bem recebidas – embora também contestadas, mas em geral mais bem recebidas – em toda posição de autoridade e competência que puderam ser abertas a elas, ao ponto de que hoje elas correspondem a quase três quartos dos estudantes de ciências sociais e humanidades. Elas dominam os campos da saúde.

“Então, o quão rápido você acha que vai acontecer uma transformação? O argumento é: bem, isso jamais aconteceria sem pressão política. Não… sinto muito. O que desencadeou isso foi o controle de natalidade confiável. Foi o que tornou possível. Foram o controle de natalidade confiável, a higiene menstrual confiável e todas essas coisas que ninguém jamais leva em conta que abriu o campo do jogo. E tudo mudou por completo em o quê, cinquenta anos? O quão rápido você acha que essas coisas podem acontecer?”

Ideias de Michael Eric Dyson sobre o politicamente correto

“E deixe-me terminar dizendo isso: vocês se lembram daquela história do David Foster Wallace? Dois peixes estão nadando e um peixe mais velho vem na direção oposta. Ele diz: ‘Oi, rapazes, como está a água?’. Eles continuam a nadar, depois se viram um para o outro: ‘O que, diabos, é água?’. Porque quando você está dentro disso, você não sabe o que é isso. Nada do que o diabo fez, diz Keyser Söze, foi mais interessante do que fazer as pessoas acreditarem que ele não existe. Eis o que é a supremacia branca.”

Ideias de Stephen Fry sobre o politicamente correto

“Os avanços do Iluminismo estão sendo sistemática e deliberadamente empurrados para trás.”

“É interessante ouvir conversas sobre raça, sobre gênero e sobre igualdade, são coisas sobre as quais eu penso bastante e posso aprender muito, mas não foi para isso que vim a este debate. Eu estava interessado naquilo ué sempre me interessou: a supressão da linguagem e do pensamento, o fechamento, a ideia racionalista que parece sedutora, de que, se você limitar a linguagem das pessoas, você talvez possa lhes ensinar uma nova forma de pensar, algo que deliciava os inventores da novilíngua em George Orwell, por exemplo.”

Um dos momentos mais quentes do debate ficou por conta de Dyson e Peterson, confira um trecho!

Jordan Peterson para Michael Eric Dyson:

“Quanto ao meu privilégio ou a falta dele, não estou dizendo que não tive vantagens na minha vida, e desvantagens da minha vida, como a maioria das pessoas. Você não sabe nada sobre as minhas origens ou de onde eu vim, mas isso não importa para você, porque eu sou fundamentalmente um ‘homem branco perverso e raivoso’. Essa é uma coisa terrível de se dizer em um debate.”

Michael Eric Dyson para Jordan Peterson:

Deixe-me apenas dizer que meu comentário sobre o ‘homem branco perverso’ não se baseou em uma escavação histórica do seu passado; ele se baseia na mordacidade evidente com que você fala e da negação de um senso de igualdade entre combatentes numa discussão. Então, vou dizer outra vez, ‘você é um homem branco perverso’ e a crueldade é evidente.”

Conheça um pouco mais sobre os debatedores de Politicamente Correto – Os debates Munk!

Jordan Peterson

Jordan Peterson é doutor em psicologia clínica pela Universidade McGill. Além de atuar como psicólogo clínico, é professor de psicologia na Universidade de Toronto. É autor do best-seller 12 Regras Para a Vida: Um Antídoto Para o Caos.

Peterson já trabalhou como lavador de pratos, barman, apicultor, ferroviário, entre outros. Prestou consultoria para o Painel de Alto Nível do secretário-geral da ONU sobre desenvolvimento sustentável. Seu programa de autoajuda online The Self Authoring Suite já alcançou a marca de 35 milhões de visualizações no YouTube. A revista The Spectator o considera “um dos pensadores mais importantes surgido no cenário mundial em muitos anos”.

Stephen Fry

Stephen Fry nasceu em Londres, é ator, roteirista, escritor, dramaturgo, jornalista, poeta e diretor de cinema.  Estudou literatura inglesa na Universidade de Cambridge, tornou-se conhecido por interpretar alguns personagens na televisão americana e Oscar Wilde no filme Wilde, de 1997, além do Mestre de Laketown na trilogia Hobbit, de Peter Jackson. Seu documentário Stephen Fry: A Vida Secreta do Maníaco Depressivo foi vencedor do Emmy. Fry é casado com o comediante Elliott Spencer desde 2015 e defende os direitos da comunidade LGBT há 30 anos.

Michael Eric Dyson

Michael Eric Dyson é professor de Sociologia na Universidade de Georgetown e escreve constantemente para o The New York Times, além de atuar como editor do The New Republic. De origem humilde, na cidade de Detroit, foi pastor de igreja e operário de fábrica.

Dyson começou a faculdade aos 21 anos e fez o seu doutorado em Religião na Universidade de Princeton, estudando Malcolm X e Martin Luther King, Jr. É autor de 21 livros e já ganhou prêmios importantes, como o American Book Award e dois NAACP Image Awards. Foi eleito pela revista Ebony como um dos 100 afro-americanos mais influentes e um dos 150 negros mais poderosos do país. Sua obra Making Malcolm: The Myth and Meaning of Malcolm X foi nomeado um dos livros afro-americanos mais importantes do século 20. Dyson assina ainda o best-seller The Black Presidency: Barack Obama and the Politics of Race in America.

Michelle Goldberg

Michelle Goldberg nasceu em Buffalo, Nova York, é jornalista com mestrado em Jornalismo pela Universidade da Califórnia, em Berkeley, colunista do The New York Times e autora dos best-sellers:

  • Kingdom Coming: The Rise of Christian Nationalism, finalista do Prêmio Helen Bernstein por excelência em jornalismo;
  • The Means of Reproduction: Sex, Power, and the Future of the World, que ganhou o Prêmio Ernesta Drinker Ballard Book e o Prêmio J. Anthony Lukas Work–in–Progress.

Goldberg também atua como comentarista de temas políticos na MSNBC e já escreveu para publicações como The New Yorker, Newsweek, The Nation, New Republic e The Guardian.

 

Não fique por fora desse grande debate, adquira o seu exemplar de Politicamente Correto – Os Debates Munk!

Politicamente Correto – Os Debates Munk
Politicamente Correto – Os Debates Munk.

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