Viktor Frankl é um dos mais importantes pensadores do século XX!
O homem do sentido, criador da logoterapia — que é um tipo de terapia do sentido da vida — surpreende não apenas pela inteligência, mas, principalmente, por crer na capacidade que o ser humano tem de transcender.
Toda a obra de Frankl possui uma íntima aproximação com a teologia e a filosofia; além, claro, da psicologia, mas isso já é sabido.
A logoterapia, por exemplo, em sua compreensão da necessidade do ser humano de estar conectado com seu “ao redor” e à “busca do sentido”, das pequenas coisas, tem bases espirituais.
Por isso mesmo a logoterapia é capaz de ajudar o indivíduo a encontrar o sentido da vida.
Não é errado, portanto, dizer que, com sua obra, Viktor Frankl buscou romper as barreiras entre a ciência e a religião. O autor de A Busca de Sentido partia do princípio de que o homem é realmente um ser espiritual.
O autor possui quatro concepções fundamentais quanto a esse assunto:
- O homem é um ser espiritual
- O homem é capaz de autodeterminar-se
- Uma vez que se autodetermina, o homem orienta-se
- Todo homem possui a capacidade de “autotranscender-se”
Além disso, para o pensador judeu, o indivíduo é autônomo, logo, é capaz de tomar suas próprias decisões, inclusive diante dos piores cenários.
Em resumo, e explicado de forma simples:
- A logoterapia tem relação com a religião.
- A ciência tem relação com a fé.
- A espiritualidade e a ciência têm relação com as obras de Viktor Frankl.
Afinal, o que é a logoterapia?
Em linhas gerais, a logoterapia é a psicologia do sentido da vida, que orienta para o reconhecimento da beleza e do valor da convivência com o outro, com qualquer coisa que esteja — e seja — fora de si mesmo.
Considerada a terceira escola vienense em psicoterapia — as outras duas são a psicologia individual e a psicanálise —, a logoterapia tem tradição humanista e existencial, ampliando o campo de visão do indivíduo acerca de todas as áreas de sua vida.
Como o próprio Frankl escreve:
“A logoterapia apenas traduz em linguagem científica uma evidência experimentada pelo homem modesto e sincero. Isso posto, pode sustentar-se que, na prática, o conhecimento das possibilidades de se encontrar na vida um sentido deve ser retraduzido na linguagem do homem comum, num remontar às fontes.”
Aliás, Viktor Frankl tem outra forma muito bonita de explicar o que é a logoterapia: “um anão sobre os ombros de um gigante pode dominar um campo visual maior que o próprio gigante.”
De maneira geral, os livros de Viktor Frankl são ideais para interessados em:
- Psicologia
- Logoterapia
- Filosofia da religião
- Filosofia da existência
- Vazio existencial
- Sentido da vida
- Essência da existência
- Sentido do sofrimento
- Transitoriedade da vida
Religião e vontade de sentido em Viktor Frankl
Definir “religião” não é uma tarefa fácil, mas é uma possibilidade considerá-la um “sistema de sentido”. A relação da religião com a obra de Frankl se dá porque o autor trabalha com a “vontade de sentido”.
E o que seria isso?
Poderíamos considerar justamente a capacidade de autotranscedência do ser humano.
A proposta de Viktor Frankl é que o indivíduo se posicione em favor do sentido. Em outras palavras, que o sentido da vida precisa ser alguma coisa que não ela mesma. E isso é uma decisão.
Uma vez que o homem é capaz de autodeterminar-se, possuindo uma dimensão espiritual, esse homem pode se afastar e rejeitar todos os condicionamentos biológicos, psicológicos ou sociológicos que, porventura, o impeçam de se realizar.
Em outras palavras, o indivíduo pode decidir sobre como quer se sentir diante de suas experiências e tomar a atitude que desejar diante de qualquer momento da vida, inclusive dos mais difíceis e cruéis, como foi seu próprio caso.
É possível, portanto, encontrar na obra de Viktor Frankl temas sobre religião e sobre religiosidade. Para o autor, a religião é um fenômeno autêntico e não —, como acreditam alguns teóricos, inclusive Freud e Adler—, fruto de uma dimensão psicológica.
A propósito, a própria tese de doutorado de Frankl é sobre “O Deus inconsciente”.
Em sua tese, o criador da logoterapia tratou do que nomeou “inconsciente espiritual e religioso”, o que, para ele, todo indivíduo possui.
Frankl coloca a questão de forma muito simples: a psicoterapia tem a função de curar a alma; já a religião, de salvá-la.
Também é possível dizer que Viktor Frankl sistematizou sua própria dor quando compreendeu que o sentido de sua vida não se limitava às experiências que estava vivendo nos campos de concentração — o que é impressionante, no mínimo.
Por essa razão, vale abrir um paralelo, a leitura do livro O Que Não Está Escrito nos Meus Livros é simplesmente indispensável.
A natureza do indivíduo é superior para Frankl, mas precisa querer transcender a si mesma. Em suma, em toda a sua obra não há dicotomia entre fé e ciência. Logo, entre psicologia e religião.
Como descobrir o sentido da vida com Viktor Frankl
De acordo com Viktor Frankl, é possível descobrir o sentido na vida de algumas maneiras diferentes:
- Por meio de um trabalho que permita a autorrealização.
- Por meio de atos ou atitudes que também resultem na realização.
- Por meio de relacionamentos com outras pessoas, alguém a quem se possa doar e cuidar.
- Através do posicionamento que tomamos diante de sofrimentos inevitáveis — e irreversíveis.
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Livros de Viktor Frankl publicados pela É Realizações
Um profundo e emocionante livro de memórias, O Que Não Está Escrito nos Meus Livros é a autobiografia na qual Viktor Frankl.
Nele, o autor revela os mais dolorosos acontecimentos de sua vida, o que chamou de “experimentum crucis”.
Por exemplo, entre 1942 e 1945, quando Frankl foi obrigado a viver prisioneiro nos quatro campos de concentração nazistas.
Durante esse período, o autor de O Sofrimento de uma Vida sem Sentido perdeu o pai, a mãe, o irmão e sua primeira esposa.
Nessa obra, aliás, Frankl analisa o vazio existencial pela perspectiva dos problemas modernos. Em suas análises, o autor tece correlações com as teorias de Freud e Jung.
Resultado de aulas ministradas, em Teoria e Terapia das Neuroses, Viktor Frankl expõe os fundamentos da logoterapia.
Já em O Sofrimento Humano, o autor apresenta uma antropologia filosófica da logoterapia.
Por fim, o Psicoterapia e Existencialismo é um apanhado de textos selecionados também sobre a logoterapia, com o diferencial de que foi o próprio autor quem os escolheu. Os textos foram escritos entre as décadas de 1950 e 1960.
Nascido em Viena, no ano de 1905, Viktor Frankl faleceu em 1997, aos 92 anos. Não é sem razão que o chamamos de “o homem do sentido”.
A propósito, leia o perfil exclusivo: Viktor Frankl, o homem do sentido
Frankl foi um intelectual ímpar. Respeitado nas áreas da psiquiatria, psicologia, filosofia, educação e teologia. Quem nunca entrou em contato com sua obra pode estar certo de conhecer um pensador sem igual.
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