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Quem foi Paul Claudel?

Integrante da Academia Francesa de Letras chegou a ser galardoado com a grã-cruz da legião de honra.

Você sabe quem foi Paul Claudel? Autor de Cinco Grandes Odes, um dos mais recentes lançamentos da Filocalia, Claudel foi um dramaturgo, poeta e diplomata francês do século XIX. E é ele nosso assunto de hoje!

A bela edição bilíngue (francês-português) apresenta ao grande público a obra seminal do poeta católico. Nascido em 6 de agosto de 1868, em Aisne, uma comuna de Villeneuve-sur-Fère, na França, Claudel foi integrante da Academia Francesa de Letras e chegou a ser galardoado com a grã-cruz da legião de honra.

Lembranças de infância

O vilarejo no qual cresceu, de apenas quatrocentos habitantes, em sua maioria agricultores, artesãos ou trabalhadores de empresas locais de gesso e argila, marcou o autor de maneira conflituosa.  Em sua lembrança, seus pais pareciam ricos, refinados e “acreditavam-se imensamente ser superiores a tudo”. E a respeito do lugar, a paisagem era muito misteriosa.

Paul e Camille

Paul Claudel era irmão da renomada artista plástica Camille Claudel. Muito próximos desde a infância, Paul foi uma presença importante na vida e na obra de Camille. Ela referia-se a ele como “querido Paul”.

Quando ainda moravam no vilarejo, Paul acompanhava a irmã a todos os lugares. Eles gostavam de ir a um lugar chamado Cesta do Diabo, um aglomerado de rochas esculpidas que, pela dimensão, eram capazes de despertar na imaginação as histórias mais fantásticas.

A trajetória de ambos, cada um à sua maneira, é marcada por paixão e gênio, criação e destruição. Ela mergulhou na arte e na vida boêmia. Já Paul foi marcado pela diversidade cultural, devido aos tantos países nos quais morou. Ambos também viveram amores fatais. Paul com Rosalie Vetch, uma mulher casada que o abandonou; e Camille com Rodin, romance que quase a enlouquece.

Religião e conversão

Apesar de ter nascido numa família de fazendeiros católicos, durante sua infância Paul Claudel não teve ligação alguma com a religião. O tema passou a ser importante na vida de Claudel apenas na juventude. Foi ao entrar em contato com a obra de Rimbaud que o poeta viu que havia “uma geração espiritual assim como há uma geração corporal”. Em 1886, quando tinha 18 anos, foi à Notre-Dame assistir aos ofícios de Natal, e nessa ocasião, enquanto ouvia o coro da Igreja, sentiu o chamado de Deus. Mesmo depois de sua conversão, todavia, seus versos continuaram demonstrando diversos conflitos espirituais.

O diplomata

Paralelo à poesia, Paul Claudel seguiu carreira de diplomata, chegando às posições de vice-cônsul em Nova York, Boston, Praga, Frankfurt e Hamburgo, e de cônsul na China. O poeta chegou a viver no Rio de Janeiro. Como embaixador, morou em Tóquio, Washington e Bruxelas. O autor de Cinco Grandes Odes morreu aos 91 anos, numa Quarta-Feira de Cinzas, em sua residência em Paris.

Saiba mais sobre Cinco Grandes Odes

Nossa edição de Cinco Grandes Odes conta com tradução e prefácio de Rodrigo de Lemos e ainda presenteia com mais dois poemas: Processionário para Saudar o Novo Século e A Cantata a Três Vozes.

Os cinco poemas longos escritos entre 1900 e 1908 são:

  • “As Musas”
  • “O Espírito e a Água”
  • Magnificat
  • “A Musa que é a Graça”
  • “A Casa Fechada”

Aprecie essa magnífica publicação!

Adquira já seu exemplar!

Cinco Grandes Odes, de Paul Claudel.

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