Ensaios Publicados – 1966-1985
Sinopse
Cada um destes textos indispensáveis para os voegelinianos e instigantes para todos os interessados em filosofia contemporânea está nos Ensaios Publicados – 1966-1985: as últimas palavras escritas por Eric Voegelin, já no leito de morte; sua revisita ao problema da ascensão do totalitarismo; suas ideias sobre a relação entre fé e filosofia; sua crítica à filosofia moderna, especialmente a Hegel; sua defesa dos estudos clássicos, contra a vulgaridade dos tempos recentes; sua análise da novela A Volta do Parafuso, de Henry James; seu debate com Thomas J. J. Altizer, famoso “teólogo da morte de Deus”. Organizado pelo diretor do Eric Voegelin Institute, Ellis Sandoz, o livro reúne artigos publicados por Voegelin durante seus últimos vinte anos de vida, incluindo os célebres “Evangelho e cultura” e “Imortalidade: experiência e símbolo”. Os quatorze escritos abordam os temas considerados mais importantes pelo filósofo – e segundo seu pensamento maduro, que corrige eventuais imprecisões anteriores.
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SOBRE O LIVRO
Esta coletânea reúne os textos que Eric Voegelin publicou em seus vinte últimos anos de vida. Coincidentemente ou não, nesse período ele repercorreu todo o seu trajeto intelectual: desde o exame sobre a impotência da intelectualidade alemã ante o fenômeno do nazismo até uma reflexão – as últimas palavras escritas pelo filósofo, com a ajuda de um secretário, já no leito de morte – sobre Deus. Ao todo são quatorze artigos, entre os quais alguns dos mais conhecidos da obra voegeliniana. E, como se trata da fase madura do autor, aqui eventuais correções são feitas a imprecisões detectadas por ele mesmo em seus escritos mais antigos. Especialmente a linearidade da filosofia da história esboçada nos primeiros volumes de Order and History está aqui superada; mas também adendos importantes a Anamnese, Hitler e os Alemães e Reflexões Autobiográficas são encontrados nestes Ensaios Publicados – 1966-1985. Por exemplo: após a revisita ao problema da ascensão do totalitarismo, somos surpreendidos com uma discussão sobre o próprio ato de debater, em que Voegelin vincula os desafios dessa prática, tão exercitada por ele mesmo, a suas ideias sobre diferentes posturas existenciais. E quem prosseguir a leitura do volume continuará a ter suas expectativas superadas, a cada capítulo.
“Imortalidade: experiência e símbolo” é um dos textos célebres de Eric Voegelin incluídos nestes Ensaios Publicados – 1966-1985. No artigo, o filósofo propõe um esquema para o padrão de transformação dos símbolos, originados de experiências tensionais, em doutrinas abusivas: seus estágios seriam o relato original, a exposição dogmática e o argumento cético contra o dogma. Outro ensaio, “Evangelho e cultura”, começa por fazer uma apreciação histórica do uso da filosofia pelo cristianismo patrístico, que conclui serem estes, ao contrário de rivais, companheiros na oposição à crença morta em meras doutrinas. Embora hoje a igreja não seja capaz de auxiliar a razão, nem os filósofos de fazer ao evangelho as perguntas corretas – afirma Voegelin –, originalmente os dois lados se complementam, uma vez que o evangelho demanda ouvidos interessados e a filosofia demanda uma razão bem orientada. O autor procede à análise de um poema egípcio anônimo, em que há primeiros sinais da concepção de uma consciência individualizada, e à interpretação de algumas passagens do Novo Testamento à luz da sua relevância para a audiência grega. Com isso, se recupera a dimensão de acontecimento que é própria ao evangelho, prioritariamente ao seu caráter de mensagem, e evidencia-se como ele se previne da deturpação em gnosticismo.
Organizado pelo diretor do Eric Voegelin Institute, Ellis Sandoz, este livro traz artigos não só indispensáveis a estudiosos voegelinianos mas também estimulantes a todos que se interessam por filosofia contemporânea. Aqui estão incluídas a resposta de Eric Voegelin à resenha de Thomas J. J. Altizer (conhecido “teólogo da morte de Deus”) sobre um de seus livros; uma extensa carta, seguida de um longo pós-escrito explicativo, em que Voegelin endossa e expande a interpretação que Robert B. Heilman faz de A Volta do Parafuso, de Henry James; e uma defesa dos estudos clássicos que é, ao mesmo tempo, uma sátira da recente cultura da vulgaridade. Há também o texto concebido como capítulo de abertura da edição americana de Anamnese, uma meditação sobre as “doenças da alma” expressas em fugas para “segundas realidades” e uma análise crítica da figura de Hegel. O itinerário de Ensaios Publicados – 1966-1985deixa ver a unidade dos vários temas de que o filósofo germano-americano tratou – em reforço ao interesse que cada um deles desperta já por si mesmo. Em resumo, a degradação das ciências sociais e da filosofia que as tornou incapazes de prever e deter o totalitarismo resulta de um equívoco não somente teórico, mas existencial: a estreiteza que nos priva de reconhecer no âmago da realidade o encontro divino-humano.
ENDOSSOS
“Do maior interesse para estudiosos do pensamento de Eric Voegelin e, mais geralmente, da filosofia contemporânea.”
– ELLIS SANDOZ, diretor do Eric Voegelin Institute for American Renaissance Studies, na “Introdução”
CURIOSIDADES
• Eric Voegelin é, atualmente, um dos autores mais lidos de nosso catálogo.
• Neste livro está incluído o texto que traz as últimas palavras escritas pelo filósofo, em seu leito de morte.
SUA LEITURA SERÁ ESPECIALMENTE PROVEITOSA PARA:
• Admiradores de Eric Voegelin.
• Pesquisadores de temas como filosofia da consciência, filosofia da história, filosofia da literatura, críticas à ascensão do fascismo, críticas a Hegel, filosofia e religião, críticas à teologia da morte de Deus, pensamento conservador.
• Professores de filosofia contemporânea, filosofia política, filosofia da religião, metafísica, antropologia filosófica ou teologia filosófica.
• Estudiosos de personalidades citadas com destaque no livro: o filósofo Hegel, o escritor Henry James e o teólogo Thomas J. J. Altizer.
• Estudantes de filosofia ou teologia.