O "Dostoiévski francês", como é por vezes chamado, foi autor de clássicos como "Sob o Sol de Satã" (que seria adaptado ao cinema por Maurice Pialat, ganhando a Palma de Ouro em Cannes), "Diário de um Pároco de Aldeia" e "Nova História de Mouchette" (filmados por Robert Bresson). Casado com uma descendente da lendária Joana d'Arc, Bernanos externava em seus livros uma visão trágica, melancólica, porém repleta de esperança cristã, sedenta por milagres e santidade. Serviu como soldado de trincheira na Primeira Guerra Mundial e, tendo militado na Ação Francesa durante a juventude, afastou-se posteriormente do grupo. Crítico cultural implacável, atacou o regime franquista na Espanha e o armistício acordado pela França com a Alemanha nazista. Autoexilou-se no Brasil entre 1938 e 1945. Na casa que o abrigou em Barbacena (MG), funciona hoje o Museu Georges Bernanos.
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