A Filosofia Política de Edmund Burke
Sinopse
Este é o mais importante estudo em língua portuguesa sobre Edmund Burke, considerado o precursor do conservadorismo moderno. Porém, longe de se reduzir a fundador de uma corrente política, o britânico foi um livre-pensador, com admiradores e opositores ao longo de todo o espectro ideológico. Sua obra assistemática e multifacetada é às vezes acusada, por isso mesmo, de incoerência. Ivone Moreira está entre os poucos pesquisadores que enfrentaram o desafio de delinear a substância do pensamento burkiano. A Filosofia Política de Edmund Burke cumpre, a cada capítulo, uma etapa necessária a tal tarefa: identificar os poucos mas cruciais postulados filosóficos de Burke; descrever seu entendimento da racionalidade humana, alegadamente composta de um aspecto teórico e de um aspecto prático; ponderar sobre a tradicional dualidade entre a interpretação utilitarista de Burke e a leitura que o associa à tradição do direito natural; reproduzir a caracterização burkiana da atividade política; e expor o papel que a religião exerceu sobre a vida e as ideias do pensador britânico. Esta edição conta com prefácio de Bruno Garschagen.
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SOBRE O LIVRO
Tido como fundador do conservadorismo moderno, Edmund Burke é de estudo obrigatório para todos os interessados por política. A variedade de seus escritos – em que pratica uma abordagem menos filosófica do que retórica –, no entanto, impõe aos pesquisadores um desafio, que Ivone Moreira está entre os poucos que se dispuseram a encarar. Resultado de sua tese de doutorado (defendida na Universidade Católica Portuguesa, onde hoje é professora), A Filosofia Política de Edmund Burke analisa a vasta produção do pensador britânico e considera as leituras propostas desde os seus contemporâneos até os intérpretes atuais. Investiga também os dados biográficos relevantes para compreendermos a sua postura intelectual. Já na introdução, somos informados de eventos que revelam a liberdade de espírito sem a qual Burke não teria assumido a atitude conservadora que hoje nele reconhecemos. No decorrer dos capítulos, são abordados os temas indispensáveis para se delinear uma filosofia política propriamente burkiana: os postulados filosóficos que Burke assume como premissas; o entendimento que ele tem da natureza da racionalidade humana; a costumeira oposição entre os que o leem como um utilitarista e os que o filiam à tradição do direito natural; o modo como para ele se caracteriza a atividade política; e o lugar da religião tanto em sua vida como em suas ideias.
Para manter as posições que nos fazem ver nele o precursor do conservadorismo, Edmund Burke teve de ser, a bem da verdade, um inconformista. Sua opção pela carreira literária confrontou as intenções de seu pai; mesmo antes – há quem cogite –, sua educação básica foi secretamente cumprida, em pleno reino anglicano, sob princípios católicos. Segundo alguns, ele casou-se na França, com rito romano; e, devido a especulações desse tipo, chegou a receber as pechas de “jesuíta secreto” e “papista”. Os católicos irlandeses foram um dos grupos cuja reivindicação por direitos foi endossada por Burke. Longe de serem o único: o orador britânico defendeu também os colonos americanos e – apoio de que mais se orgulhava – os indianos, tornados indignos pelo olhar imperialista. Membro do Partido Whig (liberal), Burke foi desde sempre malvisto pelos conservadores (tories), e a desconfiança não se dissipou quando ele, sendo um whig, foi a única voz que ousou contrariar os métodos da Revolução Francesa. De incoerência a insanidade, foram muitas as acusações que recebeu, somente atenuadas quando seu prognóstico sombrio concretizou-se no Terror francês. Fato que não alegrou a Burke, entretanto; ao contrário, marcou de tristeza os seus anos finais. Essa fidelidade intransigente aos princípios está no cerne do retrato feito por Ivone Moreira em A Filosofia Política de Edmund Burke.
Os princípios é que são vivos e produtivos, dizia Burke – e disso se seguia uma rejeição da linguagem abstrata e especulativa que é própria à filosofia. De todo modo, nesse lema se resume uma atitude filosófica coerente, que Ivone Moreira apresenta em A Filosofia Política de Edmund Burke em cinco momentos. Primeiro, a autora rastreia as alegações que o estadista sustenta em seu único tratado: a natureza humana é consistente – em todos os seus aspectos: moral, religioso e estético –, e se desvela na história. Assim, o hábito, o sentimento e os instintos não são um apêndice à nossa constituição, mas formam o âmbito prático da racionalidade, a qual se divide entre este e o âmbito teórico – consistindo isso no segundo tópico do estudo. Terceiro: a tendência dominante de entender a recusa burkiana da abstração como uma forma de utilitarismo deve ser confrontada com a simpatia do britânico pela noção de direito natural, que o aproxima de Santo Tomás de Aquino e (como observou Leo Strauss) aponta a um referencial metafísico herdado de Cícero e Suárez. Em quarto lugar, o verdadeiro estado de natureza é a sociedade, não a anarquia, e é sob esta luz que se deve tratar de conceitos como representação política e bem comum. Por fim, a ordem política ganha seu sentido da ordem divina; em razão disso, o livro conclui com um exame da religiosidade de Edmund Burke.
Esta edição inclui um prefácio do cientista político Bruno Garschagen.
ENDOSSOS
“[...] impressiona (e eu agradeço) o resultado da investigação realizada pela professora portuguesa Ivone Moreira. [...] um valioso trabalho de sistematização do pensamento do intelectual irlandês. [...] o livro de Ivone Moreira está seguramente entre os melhores manuais sobre a obra de Burke. [...] este livro será muito útil para qualificar a bibliografia burkiana publicada no Brasil, com a qual a É Realizações Editora já contribuiu ao lançar as obras do conservador americano Russell Kirk, burkiano confesso e autor [de] Edmund Burke – Redescobrindo um gênio.”
– BRUNO GARSCHAGEN, cientista político
“Este é, sem dúvida, um excelente guia para compreender Burke e o seu legado.”
– JOÃO CARLOS ESPADA, diretor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa
CURIOSIDADES
• Este trabalho é o mais importante comentário em língua portuguesa à obra de Edmund Burke.
• Apesar disso, o livro nunca havia sido publicado no Brasil e está atualmente indisponível em Portugal.
• Edmund Burke é comumente considerado o fundador do conservadorismo moderno, sendo leitura obrigatória para os interessados no assunto – um público, aliás, em expansão. • Nossa edição foi revisada pela própria autora e conta com prefácio do cientista político Bruno Garschagen.
• A Filosofia Política de Edmund Burke impressiona pela abrangência dos temas e pelo rigor da análise, praticamente sem paralelo.
• O lançamento complementa outros dois importantes comentários: Edmund Burke – Redescobrindo um gênio (de Russell Kirk) e A Imaginação Moral – Jane Austen e George Eliot, Burke e Stuart Mill, Disraeli e Churchill, Oakeshott e Trilling e outros grandes nomes da política e da literatura (de Gertrude Himmelfarb), dois dos títulos mais procurados do catálogo da Editora.
• Entre os comentadores de Burke que o ensaio menciona, há, além de Kirk, outros dois autores da É Realizações: Leo Strauss e William Hazlitt.
SUA LEITURA SERÁ ESPECIALMENTE PROVEITOSA PARA:
• Simpatizantes do conservadorismo político.
• Pesquisadores de temas como pensamento político britânico, raízes do conservadorismo, críticas à Revolução Francesa.
• Professores de filosofia política, filosofia moderna ou história das ideias políticas.
• Estudantes de ciências sociais, filosofia ou história.
• Apreciadores do gênero biografia intelectual.