A Verdade É Insuportável - Ensaios sobre a hipocrisia
Sinopse
Muitos trabalharão arduamente para ao fim morrer de tédio, e isso para eles será tudo. Sempre desejaremos o que não nos é palpável. A satisfação sexual não permanece disponível a vida inteira. Tanto a vida conjugal como a solidão são fontes de problemas. Todos no fundo se importam com a opinião dos outros sobre si. O futuro, imprevisível, pode reservar grandes tragédias. Continuamos a praticar o mal, ainda que a curiosidade psicanalítica o relativize. Nunca vencemos por completo as lutas que travamos, nem tampouco recebemos tudo o que mereceríamos. A felicidade total é impossível. Ninguém escapará à morte. Em A Verdade É Insuportável, Andrei Venturini Martins a um só tempo escancara a inevitabilidade da hipocrisia e propõe – estimulado por diversas obras – uma série de antídotos contra o domínio dela sobre nós. O itinerário do volume é rico: o autor discute, com linguagem simples, produções clássicas e contemporâneas em filosofia, sociologia, psicologia, romance, poesia e cinema. Edição revista e ampliada.
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SOBRE O LIVRO
Inspirando-se em Blaise Pascal, A Verdade É Insuportável começa por evidenciar o parentesco que existe entre a civilização e a mentira. Mesmo os insuspeitos e os mais engajados – no exemplo mais célebre: os clérigos e os militantes políticos – precisam manter verdades em segredo. A vida em sociedade supõe que construamos disfarces a serem assumidos em público. Numa série de ensaios curtos, o livro prossegue com comentários a obras que ajudam a evidenciar a inevitabilidade da hipocrisia, e que, acessadas por meio dessa leitura pensante, funcionam como antídotos contra o domínio da mentira. Resenhando o Ensaio sobre a Cegueira de José Saramago, o autor aponta que a situação excepcional imaginada pelo romance retrata na verdade o nosso estado permanente – somos como cegos conduzindo a vida num manicômio. A análise de Amor Líquido, do sociólogo Zygmunt Bauman, permite adicionar um traço a esse quadro: a mentalidade contemporânea é incapaz de suportar a fragilidade inerente às relações humanas, assim como a limitação de liberdade que é acarretada por elas; e por isso as reduz a uma busca por paliativos à solidão. Em Cartas a um Jovem Poeta, de Rainer Maria Rilke, Andrei Venturini Martins encontra a necessária repreensão à preguiça covarde que consiste em viver só para si.
Três das obras que estimulam a reflexão de A Verdade É Insuportável têm como tema a morte. O Último Dia de um Condenado à Morte, de Victor Hugo, narra a crueza da espera pela pena nas semanas que a distanciam da condenação. A Solidão dos Moribundos, de Norbert Elias, é um estudo sociológico sobre como a morte e a doença terminal são assepticamente relegadas aos bastidores da vida social; os enterros são profissionalizados a tal ponto que cada um pode nutrir a ilusão de imaginar “todos morrem, menos eu”. Luto e Melancolia, de Sigmund Freud, constata a semelhança que há entre os dois sentimentos que se movem da dor pela perda ao desinteresse pelo mundo, e a diferença que torna o segundo deles patológico: a melancolia não necessita de objeto, uma vez que nela é o próprio Eu o que se perde. Após comentários à Poesia Completa de Mario Quintana, Andrei Venturini Martins passa a considerações sobre três publicações de filósofos contemporâneos. Em Filosofia do Tédio, Lars Svendsen opõe à insistente cobrança atual por nos mostrarmos ocupados e ativos o fato de que, quando não é assim que estamos – e não há a quem isso não ocorra –, desvela-se a faceta sob a qual todos nós somos tédio. Em Simulacro e Poder, Marilena Chaui destaca a dependência da democracia para com a propaganda, do que são exemplo diferentes campanhas eleitorais e coberturas jornalísticas. Em Tratado de Ateologia, Michel Onfray acusa os grandes monoteísmos de disfarçar a realidade nua e crua do mundo, alienando os indivíduos tanto das dores como dos prazeres – uma denúncia, segundo Andrei, sincera, ainda que, tanto quanto as religiões, devota.
A Verdade É Insuportável inclui até observações sobre clássicos da literatura e da filosofia e sobre um filme. Homens e Deuses, do diretor Xavier Beauvois, relata a decisão de um grupo de monges cristãos franceses na Argélia de recusar a proteção do governo e permanecer no país mesmo após extremistas islâmicos começarem a atacar estrangeiros. Como os monges foram capazes de priorizar a fidelidade e a coragem sacrificial em detrimento do amor-próprio? O desafio aos valores estabelecidos, o autor o encontra também no diálogo Críton, de Platão, que expõe a intransigente inutilidade prática da filosofia, e nas Contribuições à Doutrina do Sofrimento do Mundo, de Schopenhauer, à luz das quais Andrei Venturini Martins desmascara o irrealismo dos habituais votos de ano novo. Visitando Os Infortúnios da Virtude, do Marquês de Sade, o autor critica a pretensão dos “promíscuos descolados” que se consideram Sade, e dos críticos de Pascal que se consideram Nietzsche. Finalizando o volume, um capítulo inédito discute, com aportes de Kant em O que É Esclarecimento?, o projeto de lei Escola Sem Partido.
ENDOSSOS
“O livro de Andrei é exemplo elegante e didático do olhar jansenista, em sua profundidade e dureza. [...] trata-se de uma obra muito útil para quem quer se aventurar de forma introdutória e sólida na tradição filosófica que descortina a hipocrisia do mundo.”
– LUIZ FELIPE PONDÉ, Folha de S.Paulo
CURIOSIDADES
• Os assuntos e circunstâncias contemplados pelos ensaios são de interesse unânime: o medo da morte, o tédio, a fé, os relacionamentos voláteis, os votos de ano novo.
• A Verdade É Insuportável aplica a temas atuais e a situações concretas a perspectiva jansenista apresentada em outro livro do autor, Do Reino Nefasto do Amor-Próprio – A origem do mal em Blaise Pascal, e no tratado de Cornelius Jansenius traduzido e comentado por ele, Discurso da Reforma do Homem Interior.
• Diversos gêneros e autores servem de estímulo para a discussão conduzida nesta obra – como, na literatura, José Saramago, Rainer Maria Rilke, Victor Hugo, Mario Quintana e Marquês de Sade; na filosofia, Pascal, Platão, Schopenhauer e Kant; nas ciências humanas, Sigmund Freud, Norbert Elias e Zygmunt Bauman; na filosofia acadêmica atual, Lars Svendsen, Marilena Chaui e Michel Onfray; no cinema, Xavier Beauvois.
• Esta é uma edição revista e ampliada, que inclui o capítulo inédito “Pastoral acadêmica”, uma discussão crítica sobre o projeto de lei Escola Sem Partido.
• Andrei Venturini Martins conduz o texto com uma linguagem simples e direta.
• O volume conta com endosso do renomado intelectual público Luiz Felipe Pondé.
SUA LEITURA SERÁ ESPECIALMENTE PROVEITOSA PARA:
• Público geral.
• Interessados pelo ensaísmo de divulgação filosófica.
• Apreciadores da tradição jansenista.
• Estudantes de filosofia, sociologia, teologia, ciências da religião, letras ou psicologia.
• Admiradores dos autores das obras que são resenhadas no decorrer do volume: José Saramago, Rainer Maria Rilke, Victor Hugo, Mario Quintana, Marquês de Sade, Platão, Arthur Schopenhauer, Blaise Pascal, Immanuel Kant, Sigmund Freud, Norbert Elias, Zygmunt Bauman, Xavier Beauvois, Lars Svendsen, Marilena Chaui e Michel Onfray.