SOBRE O LIVRO
Os Debates Munk são uma série de debates realizados semestralmente desde maio de 2008, no Canadá, tratando sempre de temas relacionados ao mundo contemporâneo, como o aquecimento global, questões de imigração, crescimento da China, declínio da Europa, entre muitos outros.
Nesta edição, o tema do politicamente correto foi escolhido para ser confrontado por intelectuais que trouxeram diferentes pontos de vista, abordando assuntos como feminismo, movimento negro, globalismo etc.: Jordan Peterson, psicólogo clínico, professor na Universidade de Toronto e autor de best-sellers; Michael Eric Dyson, ministro ordenado, palestrante e professor; o premiado ator, apresentador e roteirista Stephen Fry; e Michelle Goldberg, colunista do The New York Times e correspondente do The American Prospect.
Quem inicia a conversa é Michael Eric Dyson, mostrando sua visão do papel do politicamente correto: mostrar para pessoas privilegiadas que elas devem olhar mais ao seu redor. Em seguida, Michelle Goldberg diz que chama de progresso o que pessoas como Jordan Peterson chamam de politicamente correto. Progresso que defende minorias e os direitos das mulheres, por exemplo. Depois temos o ator Stephen Fry, que já inicia falando da perseguição que sofreu por estar do lado "direitista" do debate, por ser autoproclamado de esquerda. Segundo ele, o politicamente correto faz o trabalho contrário ao progresso. Acaba sendo um desserviço para o progressismo. A primeira parte termina com Jordan Peterson, que apresenta breves considerações históricas sobre o politicamente correto, mostrando que desde que nos entendemos por humanos, temos hierarquia e que a esquerda ¬– bem como a direita radical – gosta de tirar o individualismo humano e colocar uma espécie de coletivismo, o que é extremamente pernicioso.
Do lado a favor do politicamente correto, os argumentos giram em torno da máxima que direitos são conquistados por meio de lutas e de confrontações. O politicamente correto seria só mais uma forma de mostrar como negros, mulheres e transexuais são oprimidos e que precisam de respeito, seja pela linguagem ou pelo comportamento. Já do lado oposto, temos argumentos que expressam que o politicamente correto é só mais uma forma de tirania exercida pela esquerda radical que tem dominado as universidades, as mídias e todo o meio jovem, tentando, assim, modificar a linguagem, impor cancelamentos etc, e mostrando que não conhece o cidadão comum, pois qualquer pessoa sensata saberia que não se deve maltratar um homossexual. No final, a plateia pôde votar em quem se saiu melhor no debate, considerando quem conseguiu fazer com que mais pessoas mudassem de opinião. Jordan Peterson e Stephen Fry terminaram com 70% do público ao seu lado.
Endossos
“SE A DEMOCRACIA PRECISA DE LIVRE TROCA E COMPREENSÃO DE OUTRAS IDEIAS, E ALGUMAS PESSOAS ESTÃO PREOCUPADAS QUE CERTOS TERMOS OU FORMAS DE PENSAMENTO TENHAM SIDO ARBITRARIAMENTE DECLARADOS FORA DOS LIMITES PARA DISCUSSÃO, ENQUANTO OUTROS DIZEM QUE O USO DE UMA LINGUAGEM APROPRIADA APENAS REFLETE UMA NOVA REALIDADE HÁ MUITO ESPERADA, ENTÃO ONDE É NOSSO TERRENO COMUM?”
CBC RADIO
Curiosidades
- Os debates Munk são conhecidos em todo o mundo, mas por serem transmitidos em língua inglesa tem pouca penetração em países latinos. O livro mostra a importância de debates assim para a manutenção da democracia.
- Quase não há livros que apresentam grandes debates no Brasil.
- O livro Politicamente correto mostra um dos maiores intelectuais do mundo, o psicólogo clínico Jordan Peterson, colocando o seu ponto de vista sobre assuntos que são um tanto delicados, mas com muita erudição e sem medo de seus posicionamentos.
- A obra traz o ponto de vista de intelectuais de três países diferentes sobre o assunto.
- Pouco se fala sobre o movimento #Metoo no Brasil, e o livro traz uma longa abordagem sobre o tema que percorre o mundo todo.
- O livro traz uma conversa informal e descontraída, é de fácil sua leitura e permite uma boa assimilação dos conceitos apresentados.
SUA LEITURA SERÁ ESPECIALMENTE PROVEITOSA PARA:
- Leitores de Jordan Peterson.
- Estudantes de Jornalismo, Filosofia, Sociologia e Ciência Política.
- Professores de História Contemporânea e de Jornalismo.
- Pessoas interessadas nos debates contemporâneos sobre os temas envolvendo identidade de gênero, minorias, movimento negro etc.