Análise Dialética do Marxismo
Sinopse
Esta obra foi censurada pela inquisição de Salazar em Portugal e considerada leitura obrigatória pelos mais expressivos militantes anarquistas da década de 1950 no Brasil: José Oiticica, Edgard Leuenroth, Jaime Cubero, entre ainda muitos outros. Ao mesmo tempo, trata-se de uma aplicação da decadialética tão fiel à sua matriz pitagórico-escolástica quanto se preconiza nos demais escritos de Mário Ferreira dos Santos. Em Análise Dialética do Marxismo temos uma união que somente a filosofia concreta poderia proporcionar: a historiografia de Lewis Mumford, o socialismo libertário de Proudhon, Bakunin, Malatesta e Fabbri e a ontognoseologia de Santo Tomás de Aquino, juntos contra o socialismo autoritário, tanto em suas manifestações históricas como em suas pressuposições materialistas. Mediante detalhadas considerações dos textos de Marx, Engels e Lênin, este livro demonstra a inadequação das pretensões comunistas e defende a viabilidade de uma alternativa cooperacional.
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SOBRE O LIVRO
A singularidade deste volume é atestada tanto por seu conteúdo como pela recepção que ele obteve. De um lado, censura: António Salazar, ditador em Portugal, incluiu o título na lista de obras proibidas por sua inquisição. De outro lado, entusiasmo: os mais importantes expoentes do anarquismo no Brasil – José Oiticica, Edgard Leuenroth e Jaime Cubero, para ficarmos nos três mais famosos – consideraram o livro uma leitura obrigatória. No decorrer de suas páginas, pluralidade: o escrito conjuga a visão historiográfica de Lewis Mumford, Patrick Geddes e Andrew Ure, os ideais anarquistas de Proudhon, Bakunin, Malatesta e Fabbri e a filosofia de Santo Tomás de Aquino, em contraponto às ambições autoritárias do comunismo. O oposicionismo de Rosa Luxemburgo, a sociologia de Weber, Barnes e Becker, a filosofia de Nietzsche e os estudos biográficos de Rühle, Beer e Mehring também comparecem no ensaio. Os alvos do autor são tanto o experimento (na época, em curso) do socialismo soviético como as bases teóricas dessa corrente ideológica. Análise Dialética do Marxismo traz extensos comentários a textos e cartas de Marx, Engels e Lênin, que são submetidos ao método próprio da filosofia concreta: a decadialética. A conclusão incontornável é que o marxismo falha por não levar às últimas consequências a dialética que alega praticar.
O lado afirmativo do exame de Mário Ferreira dos Santos consiste em uma defesa do cooperacionismo. Sendo o marxismo uma distorção da causa socialista, é necessário depurar esta última dos vícios impostos por aquele. Sem o espírito paleotécnico, sem a postura autoritária, sem a visão abstrata da realidade humana, o socialismo deixa ver sua feição libertária. Daqui emerge a militância anarquista do autor, o qual sustenta que em sua ação concreta o ser humano se prova apto a associações livres e colaborativas, não mais dependentes de uma economia capitalista. Os fac-símiles ao fim do volume exibem, além de textos relacionados a esta obra, documentos que comprovam a participação ativa de Mário Ferreira dos Santos no anarquismo cooperacional. Ao ser relançado, este livro recebe uma cuidadosa revisão de texto, além de algo cuja ausência foi lamentada pelos primeiros leitores: referências bibliográficas – neste caso, atualizadas – das citações que o compõem. Índices analítico e onomástico, uma bibliografia e um posfácio do coordenador da Coleção Logos, João Cezar de Castro Rocha, também são integrantes desta reedição.
Endossos
“Aos sintomas alvissareiros de ressurreição do anarquismo no Brasil, [...] junta-se agora a publicação de Análise Dialética do Marxismo. É seu autor nosso companheiro Prof. Mário Ferreira dos Santos, uma das mais vastas, sólidas e brilhantes culturas do Brasil. [...] [Com] imparcialidade [e] serenidade crítica [...], [ele constrói] uma obra honesta, do mais profundo e impessoal que conhecemos, e que, por tudo isto, nenhum anarquista, nenhum militante operário, nenhum estudioso de sociologia deve deixar de ler.”
- José Oiticica, Ação Direta, novembro/dezembro de 1954
“Mário Ferreira dos Santos, autor de Filosofia e Cosmovisão, era a pessoa indicada para fazer uma análise dialética do marxismo. Profundo conhecedor de filosofia e dono de uma extensa cultura, ele nos dá, nesse livro, lições de economia e de lógica. [...] De modo brilhante, [...] Mário Ferreira apresenta os aspectos mais importantes da doutrina marxista. [...] [Também] apresenta crítica detalhada [...]. O livro alcança sua finalidade [...].”
- Esther Rêdes, Ação Direta, março de 1958
“[Mário Ferreira dos Santos desempenhou relevante] participação na ‘sementeira’ anarquista pós-Estado Novo, principalmente em seus conectivos ao projeto libertário de educação e autoformação. [...] Para os anarquistas brasileiros, as discussões suscitadas na obra de Santos tornaram o Análise Dialética do Marxismo frequente nas bibliotecas pessoais dos militantes libertários e nas estantes do Centro de Cultura Social de São Paulo e do Centro de Estudos Professor José Oiticica, no Rio de Janeiro. Na biblioteca particular de Edgard Leuenroth também havia um exemplar.”
- Allyson Bruno Viana, Anarquismo em Papel e Tinta – Imprensa, edição e cultura libertária (1945-1968)
“No Centro de Cultura [Social, conhecida associação anarquista em São Paulo] passou a frequentar, já em 1945, um filósofo muito importante, o Mário Ferreira dos Santos. [...] Ele tinha uma capacidade fantástica, a pessoa mais culta que eu conheci em toda a minha vida (olha que eu conheci reitores de universidades, escritores, muita gente), nunca vi uma cultura e uma capacidade tão grande quanto a do Mário para expor ideias de um modo tão profundo. [...] O Mário Santos, dentro da minha formação, foi fundamental, foi meu grande guru. [...] De vez em quando, sinto necessidade de reler os livros de filosofia do Mário Ferreira dos Santos. [...] Às vezes, ouvia o Mário Ferreira falar por três, quatro horas, voltava para casa e pegava um livro para ler. Não estava cansado, estava motivado.”
- Jaime Cubero, em entrevistas a Rodrigo Rosa da Silva (Imprensa Marginal) e Antonio José Romera Valverde (Educação e Pesquisa, USP)
“Dominado por uma imensa modéstia, que o colocava acima de qualquer espírito de exibicionismo, [...] seu grande número de obras de toda espécie e de todos os setores do pensamento humano ocupa lugar de destaque em todas as livrarias do Brasil. O Dr. Mário Ferreira dos Santos [...] foi sem dúvida nenhuma o homem mais culto que conhecemos em nossa longa vida de militante libertário. A sua erudição não tinha limites, artes, ciências, filosofia, línguas e história, não tinha segredos para aquele cérebro singularmente privilegiado. Conferencista exímio, expositor de recursos incomensuráveis, e polemista tranquilo, seguro e imperturbável, prendia qualquer assistência, por mais culta e exigente que fosse.”
- Pedro Catallo, Dealbar, abril/maio de 1968
Curiosidades
• A obra apresenta uma faceta ainda pouco apreciada de Mário Ferreira dos Santos: a de militante anarquista e entusiasta do cooperacionismo.
• Com este livro, Mário alcançou um raro privilégio para qualquer autor que se pretenda defensor da liberdade: o de constar do index de títulos censurados por um ditador – neste caso por Salazar, em Portugal.
• Por outro lado, a Análise Diálética do Marxismo obteve repercussão estrondosa no movimento libertário brasileiro, sendo enfaticamente recomendada por lendas como José Oiticica, Edgard Leuenroth e Jaime Cubero.
• Este título demonstra de modo surpreendente o potencial agregador da filosofia concreta, operando uma síntese improvável entre os teóricos anarquistas, o historiador Lewis Mumford e a filosofia de Santo Tomás de Aquino.
• Impressiona, ao leitor do século XXI, constatar a acuidade das considerações e prospecções que o autor faz sobre o regime político da União Soviética, então em pleno vigor.
• Não bastasse o fascínio que o tema, o autor e a circunstância de escrita do livro despertam naturalmente, a obra está aqui enriquecida com fac-símiles de documentos relacionados à sua redação, além de um posfácio assinado pelo coordenador da coleção, o professor João Cezar de Castro Rocha.
• O lançamento atende a uma demanda efervescente entre os leitores brasileiros, no momento altamente interessados por debates de natureza política; e o faz com um escrito que conjuga a clareza da linguagem, a abrangência da análise e a minúcia das observações com um tom de respeito e conciliação, igualmente necessário à atual condição brasileira.
• Nossa edição observa a necessidade que foi notada por alguns dos leitores da primeira edição: a de se revisar a ortografia do texto, o que aqui foi empreendido com enorme cuidado, junto a um esforço de referenciamento das citações bibliográficas que aparecem no decorrer do ensaio.
SUA LEITURA SERÁ ESPECIALMENTE PROVEITOSA PARA:
• Leitores de Mário Ferreira dos Santos.
• Simpatizantes do cooperacionismo ou do socialismo libertário (também chamado anarquismo ou anarco-socialismo).
• Interessados em discussões políticas, especialmente sobre o comunismo.
• Admiradores dos militantes que recomendaram a leitura da Análise Dialética do Marxismo: José Oiticica, Edgard Leuenroth, Jaime Cubero, Pedro Catallo e Esther Rêdes.
• Estudantes (formais ou autodidatas) de filosofia, sociologia, ciência política ou história.
• Pesquisadores de temas como pedagogia libertária, movimento anarquista brasileiro, livros censurados por Salazar, cooperacionismo no Brasil, críticas ao marxismo, análises do regime soviético (feitas em tempo real), filosofia política tomista, filósofos brasileiros.
• Professores de filosofia política, história do anarquismo, teorias socialistas ou filosofia brasileira.