Da Divisão da Natureza - Livro I

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AUTOR:
Escoto Erígena, João

TRADUÇÃO:
Gadotti, Tiago

APRESENTAÇÃO:
Silveira, Sidney

Editora:
É Realizações

Gênero:
Filosofia

Subgênero:
Filosofia

Formato:
16 x 23 cm

Número de Páginas:
220

Acabamento:
Brochura

ISBN:
978-85-8033-420-3

Ano:
2023
Pertence à coleção:
Coleção Medievalia

Tags:
Scotus Eriugena, Periphyseon, teontologia, teologia apofática, neoplatonismo, artes liberais, categorias aristotélicas, ontologia trinitária, metafísica e Expoc

Da Divisão da Natureza - Livro I

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Sinopse

Desde sempre, entre os que investigam da escolástica mais que dois ou três grandes nomes, e crescentemente hoje, entre quem ressalta da tradição cristã as modalidades de pensamento mais audazes, João Escoto Erígena é, com Da Divisão da Natureza, um caso dos mais valorizados. Nutrido por teólogos nem sempre reconhecidos – em especial Máximo, o Confessor, Gregório Nazianzeno e Pseudo-Dionísio Areopagita –, o irlandês, que escrevia sob pleno renascimento carolíngio, redescobre noções orientais como a de deificação; recupera a compreensão patrística sobre a autoridade e a fecundidade intelectual da Escritura; e elabora uma forma radicalmente cristã de neoplatonismo. Para ele, todo ser que há nas coisas é Deus mesmo, manifesto: e é, tal como o Divino, irredutivelmente triúno. Do Periphyseon, que a Coleção Medievalia publicará na íntegra, este Livro I lança as bases da metafísica de Erígena e evidencia, avaliando as categorias aristotélicas e recorrendo às artes liberais, o caráter inefável da Divindade.

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SOBRE O LIVRO

Merecedor de uma história à parte, o destino da obra de João Escoto Erígena serve de emblema da sua potência desconcertante. Já em sua época, o século IX, o irlandês foi amplamente lido como articulador das artes liberais (trivium e quadrivium) e como tradutor para o latim de grandes autores cristãos de língua grega. Cerca de 400 anos mais tarde, seu pensamento foi alvo de condenação eclesiástica. Embora curta, a censura colocou em evidência os pontos de contraste entre sua elaboração metafísica e formulações mais corriqueiras da doutrina cristã. Hoje, como na verdade há longo tempo, é precisamente nesses pontos que se percebe a importância de Erígena para o desenvolvimento da escolástica, para o aprofundamento da ortodoxia e, mesmo, para a interlocução da teologia com a filosofia moderna. Seu escrito magno – composto de cinco tomos –, De Divisione Naturae ou Periphyseon, receberá aqui pela primeira vez uma tradução completa à língua portuguesa. Começando pelo presente volume: Da Divisão da Natureza - Livro I, texto que define os contornos da ontologia, ou da teontologia, erigeniana.
 
Redigido como um diálogo filosófico de formato aparentado ao do Timeu de Platão, o Periphyseon examina os diferentes âmbitos da natureza (isto é, da realidade integral – todas as coisas que são e todas as coisas que não são) numa sequência que se inicia e se conclui com Deus. Já por essa estrutura, que enxerga no real um Todo uno atravessado pela presença divina, a obra revela a sua especificidade. Seja a criação, seja a Divindade surgem como temas tão desassombradamente refletidos quanto piedosamente estimados. Deus “é o Intelecto de tudo”, “é o lugar e o limite de todas as coisas”; por ser assim próximo é que se pode especular sobre ele, por ser assim inabarcável é que tudo quanto se lhe atribui é na verdade por ele ultrapassado. Deus é supraessencial, é mais do que verdadeiro, é mais do que bom, é mais do que Deus. Em Da Divisão da Natureza - Livro I, João Escoto Erígena se detém nesta que é para ele a dimensão primeira de tudo o que há: o Divino como realidade que cria e não é criada. É só a tudo o que não é Deus que, como explorarão os volumes seguintes, as nossas ideias, finitas, se aplicarão de modo próprio.